A região de Champagne-Ardenne fica a 45 minutos de trem de Paris. Vale uma esticadinha até lá para percorrer a Rota do Champagne e conhecer in loco onde são feitos os melhores champanhes do mundo.
Champanhe é símbolo de alegria, celebração e luxo. E porque não, de diversão. Portanto, para quem gosta, nada melhor do que fazer uma viagem com este intuito. Foi assim que deixamos o verão parisiense rumo à região norte da França. Durante três dias inesquecíveis, descobrimos mais sobre o vinho borbulhante e vimos onde ele é fabricado.
Tanto por importantes maisons, como são chamadas as grandes empresas, ou por vignerons independentes, os pequenos produtores da bebida. Muitas vezes sozinhos, fazem todo o processo até mesmo dentro de casa.
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Saindo da Gare de L’Est, em Paris, chegamos em Reims, espécie de capital informal da área. Lá convivem duas “cidades”. A primeira, que podemos ver a partir da imponente Catedral de Reims – linda e histórica igreja em estilo gótico. Lá,os reis da França eram coroados, por exemplo. E a subterrânea, formada por cerca de 250 quilômetros de túneis usados para o envelhecimento do champanhe que, anos depois, estará nas nossas taças.
As caves, como são chamados esses caminhos, são consideradas patrimônio mundial da Unesco. Pertencem a fabricantes como Taittinger, Veuve Clicquot, Pomery, e Ruinart, entre outros. Além disso, elas ficam entre 30 e 40 metros abaixo do solo.
Outra cidade importante na Rota do Champagne é Epernay, onde estão mais de 100 quilômetros de caves de outras luxuosas maisons. São elas, por exemplo, Moët-Chandon, Mercier e De Castellane. A distância entre as duas cidades é de apenas 30 quilômetros. Em toda a região, são cerca de 15.800 vignerons e 300 maisons. Juntos, produzem, por ano, quase 310 milhões de garrafas da bebida.
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Pegamos o trem na Gare de L´Est, em Paris, por volta das 8 da manhã. Chegamos a Reims pouco antes das 9h. Nós alugamos um carro – você pode alugar o seu aqui – visitamos uma grande maison, a Veuve Clicquot. Então, depois, seguimos até Epernay, que seria a nossa base na região.
Pegamos um mapa da cidade no Office de Tourisme que está ao lado da estação de trem. Caminhamos por cerca de três minutos e chegamos na locadora.
Para conhecer Reims não há a menor necessidade de um carro. Afinal, tudo pode ser feito de ônibus, de táxi e mesmo a pé. As distâncias são curtas. Então, nós só fizemos essa escolha para depois irmos passeando pelo caminho que leva até Epernay.
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Nossa primeira parada foi na Veuve Clicquot, onde já havíamos agendado a visita pelo site. O passeio tem a duração de cerca de uma hora meia com uma degustação no fim. Logo que nos atendeu, a guia avisou que dentro das caves a temperatura é baixa. Isto quer dizer, próxima aos 10 graus.
Quem está sem casaco pode usar uma manta emprestada por ela. Assim, saímos da casa principal, atravessamos uma avenida e entramos em um jardim de aromas. Lá, há plantas com cheiros que podem ser encontrados nas degustações dos champanhes.
Em seguida, descemos uma grande escada rumo às caves. É surpreendente o tamanho dos túneis que atravessam toda a cidade por debaixo do solo. São percorridos por milhares de funcionários dos produtores, todos os dias, por meio de pequenos carrinhos. Caminhando pelas caves aprendemos toda a história da empresa. Em 1772, Philippe Clicquot iniciou uma pequena produção, ainda com o nome Clicquot.
Em 1805, a jovem viúva de Philippe assume a empresa e revoluciona o mundo do champanhe ao se tornar uma mulher de negócios. Ela investe pesado nas exportações, principalmente para a Rússia, até mesmo ignorando o bloqueio continental durante o ano de 1815.
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Após uma visita pelas caves com muitas histórias e cultura, chegamos ao bar da maison. O ambiente é super charmoso, moderno e aconchegante. Há algumas mesinhas, mesa de totó e um bar todo em amarelo, a cor símbolo da Veuve Clicquot. Duas taças de champanhe são servidas e podemos degustar com bastante calma. Além disso, também há uma espécie de food-truck de champanhe no jardim da casa, onde é possível esticar a visita.
Em seguida, fomos conhecer a Catedral Notre-Dame de Reims. Aliás, é interessante notar como tudo remete ao champanhe. Há muitos bares, lojas da bebida, bistrôs. É uma cidade muito alegre e muito bonita. Existem também boas opções de almoço. Uma delas é o Café du Palais, por exemplo, bem no centro da cidade. Boa comida e um ambiente elegante e famoso pelos vitrais.
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Deixamos Reims e seguimos viagem em direção a Epernay. Passamos pelas pequenas vilas de Sermiers, Rilly-la-Montagne, Ludes. Além disso, fizemos um pit-stop com direito à degustação no famoso Farol (o Le phare) de Verzenay. Ali fica o Museu da Videira. Continuamos por Trepail, por Verzy e chegamos a Ambonay.
Nessa pequenina cidade visitamos o Champagne Patrick Soutiran. Fomos recebidos pelo Fabrice Soutiran, da quinta geração da família no negócio do champanhe. Atualmente, ele cuida da produção com a irmã.
Chegamos, sentamos na mesa da sala, degustamos três tipos de champanhe e saímos com uma garrafa para levar para casa. Enfim, é muito interessante poder comparar a diferença entre as produções de uma grande maison e de um vigneron independente.
Continuamos pela estrada na Rota do Champagne, passamos pela cidadezinha de Ay e depois chegamos a Epernay. Fizemos um rápido lanche na simpática Brasserie Le Progrés, que fica bem no “centrinho” da cidade, na Place de la République, e fomos descansar no nosso charmoso hotel que, como tudo naquela região, traz, até no nome, uma atmosfera de glamour: Hotel Jean Moët.
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Na Rota do Champagne, passamos pela cidade de Chavot-Court e em seguida chegamos ao pequeno produtor Bouquin Dupont Fils, na cidade de Avize. Fomos recebidos por Dominique Bouquin, que nos apresentou quatro champanhes diferentes.
Em seguida, mostrou a cave subterrânea e nos revelou parte do trabalho dele de todos os dias com as garrafas que estão envelhecendo. Para finalizar, ainda demonstrou como se coloca o lacre e o rótulo numa garrafa. Ou seja, foi um aprendizado e tanto, uma emoção difícil de esquecer.
Em seguida, visitamos o também vigneron independente Chardonnet et fils. Fomos recebidos por Madame Chardonnet. Então, degustamos quatro champanhes numa antessala da casa dela e foi muito interessante perceber como a vida simples no campo — plantando uvas e produzindo champanhe — pode resultar em uma bebida tão especial.
De volta à estrada, atravessamos pequeníssimas aldeias como Oger e Le Mesnil-sur-Oger. Depois chegamos à cidade medieval de Vertus. Escolhemos um restaurante ao acaso para almoçar: o encantador Le Thibault IV. Pedimos peixe, indicado como a especialidade da região. Com o couvert, champanhe, claro.
Para acompanhar o prato principal, optamos por um Chablis, vinho branco feito com a uva chardonnay dessa que é uma das regiões vinícolas da Borgonha. Para fechar, sobremesas deliciosas à base de biscoito de champanhe e uma tacinha de vinho do porto.
Fomos dar uma caminhada a pé antes de voltar para Epernay. Lá, aproveitamos para passear pela cidade, conhecer os bares, as lojas, os cafés e os restaurantes. Há boas opções como o La Table Kobus, citado no Guia Michelin, o Le Théâtre, o Les Berceaux, e muitos outros.
A Avenue de Champagne parece um sonho. Em uma simples caminhada você passa pelas sedes de marcas como, por exemplo, Moët-Chandon, Perrier-Jouët, Pol Roger, Mercier, além de outras menos conhecidas. O passeio na Mercier é imperdível! Afinal, o criador da Maison, Eugène Mercier, foi um dos primeiros “marqueteiros” do mundo e, desde 1838, tentou – e conseguiu – popularizar o champanhe.
Durante a visita, você se sente como numa espécie de Disney do champanhe, no melhor dos sentidos. O passeio é feito a bordo de um trenzinho que circula pelas caves subterrâneas, carregado de surpresas, de história e de informação. Além disso, no fim, é hora de beber, claro, champagne no bar da Mercier.
As maisons fecham entre 11h e 12h e reabrem às 14h. Nesse meio tempo, espertamente, as empresas menores abrem suas casas e seus jardins para degustações de seus champanhes.
Certamente este é um ótimo programa para um bate-papo e um namoro sob aquele solzinho que bate nos pátios de casas históricas da Avenue de Champagne. Tudo acompanhado, logicamente, por uma tacinha da bebida.
No meio da tarde, paramos para o almoço no elegante restaurante La Banque. Escolhemos peixe com purê de batata, pato com maça assada e, por que não?, champanhe para acompanhar. Após o cafezinho, hora de se despedir e pegar o trem na estação de Epernay.
Uma hora e quinze minutos depois, a saudade cortante da Rota do Champagne já tomava conta da gente, e só foi amenizada porque, ao desembarcarmos na Gare de L’Est, Paris nos esperava com seus boulevares, parques e cafés.
Descobrindo a Normandia é uma agencia de turismo receptivo especializada na França destinada ao público brasileiro, que tem como objetivo organizar viagens personalizadas nos arredores de Paris, como nas regiões da Normandia, Champagne, Alsacia e Bretanha. Há, por exemplo, o roteiro de 3 dias na Champagne. Além disso, se você desejar, há também um bate e volta visitando a cidade de Reims, incluindo a uma degustação na cave de Moet e Chandon.
Portanto, a Rota do Champagne é um passeio imperdível, seja você um amante da bebida ou não!
Março de 2017
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