Jean-Philippe Perol, francês radicado no Brasil, com 40 anos de experiência no mercado de turismo, e diretor da Cap Amazon, conversou com o You Must Go! sobre os produtos de luxo que representa. Ele conta como está a reabertura de hotéis na França, onde está no momento, e fala do que podemos esperar na volta do turismo de experiência no Brasil, com foco no nas viagens domésticas. Aproveite para ler também sobre a entrada de brasileiros em Portugal e a fase 2 da retomada em NYC.
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Enquanto não aparece um calendário confiável de saída da crise sanitária, é difícil definir a retomada, mas algumas tendências já observadas lá fora devem se confirmar. Os destinos de proximidade (carro ou ônibus) vão ser os primeiros procurados, depois virá o doméstico de uma maneira geral. Para os destinos internacionais é claro que vai depender da abertura dos países. Grandes destinos como a Argentina, a Europa ou os EUA estão hoje fechados para os brasileiros, então não é possível fazer um calendário. As condições da retomada não vão impactar somente os destinos, mas também as preocupações dos viajantes, a curto prazo nas precauções com saúde, segurança. Além disso, há o medo das multidões. Mas devemos também prever um impacto a médio e longo prazo muito forte, principalmente altas de preços que vão valorizar as viagens. Portanto, isso vai fazer com que o viajante queira otimizar suas experiências e privilegiar o turismo transformador.
Os franceses estão saindo do confinamento com uma grande vontade de aproveitar, de viver tudo que ficou parado: viagens, gastronomia e também eventos culturais. Os restaurantes estão cheios (é bom fazer reserva!) e os primeiros eventos estão muito concorridos. Os profissionais estão cheios de vontade e o atendimento nunca foi tão carinhoso. Mas têm também muitas preocupações com as consequências econômicas da crise. Está sendo esperada para setembro uma onda de dificuldades e até de fechamento de agências de viagens, hotéis, bares e restaurantes, com muito desemprego no setor. Agora isso pode mudar, afinal já vimos em outras ocasiões que o turismo tem uma resiliência excepcional.
A reabertura dos hotéis na França é gradual. O hotel Les Sources de Caudalie, em Bordeaux, já reabriu, inclusive o Spa e os restaurantes. O hotel ficou fechado no confinamento mas nesse tempo foram estabelecidos os novos protocolos de segurança para reabrir com o máximo de precauções, assegurando aos hóspedes e aos colaboradores uma proteção total e um serviço à altura desse Palace de exceção. Para Cheverny, onde eu estou justamente hoje, as obras atrasaram um pouco devido à pandemia e a abertura está prevista para Setembro de 2020.
O Belle já está pronto, fizemos os investimentos necessários e estabelecemos os novos protocolos de segurança adaptados ao barco exclusivo, navegando numa região onde é muito importante pensar na segurança de todos. Tanto dos hóspedes, quanto dos tripulantes e também dos moradores das comunidades que têm condições de vida e isolamento que complicam muito qualquer situação de crise sanitária. Eles certamente necessitam cuidados mais importantes ainda. Nesse quadro, e mesmo se tivermos confirmações das autoridades municipais e estaduais definindo o fim do confinamento, é possível fazer as reservas para o mês de Setembro. Pode ser, por exemplo, tanto para os passeios regulares, como para os fretamentos. O nosso segundo barco devem também ficar pronto agora em Agosto, e está também aberto às reservas a partir de Setembro.
De não se desanimar. Em primeiro lugar, a Europa e a França já se abriram para 15 países. O Brasil ainda não consta, mas essa lista vai ser revista a cada 15 dias, portanto, vamos torcer para o Brasil constar nela o mais rápido possível. Agora duas coisas podem ser ditas. A primeira, a curtíssimo prazo, é que os brasileiros têm a sorte de ter um país maravilhoso, com grande opções de turismo doméstico que podem ser aproveitados nessa fase de fechamento internacional. Na Cap Amazon, pensamos, por exemplo, nesse sentido, no enoturismo em São Paulo ou na Serra Gaúcha. Além disso, pensamos também nas extraordinárias oportunidades de turismo fluvial ou ecológico na Amazônia.
Mas voltando para o turismo internacional, vamos também viver uma transformação das viagens, com os brasileiros diminuindo o turismo de oportunidade – muitas vezes só puxados pelos preços baixos. A tendência é fazer viagens mais intensas, construídas em torno de paixões ou de sonhos. A procura por segurança, por lugares mais exclusivos, de conteúdos e de experiências mais fortes, certamente vai reaproximar o viajante brasileiro com a França. Aqui, além das conjunturas sanitárias ou políticas, ele vai ser, mais do que nunca, recebido com aquele carinho especial.
Por Renata Araújo, Julho 2020
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