Relutei um pouco, mas caí nas graças da nova produção de Shonda Rhimes – de “Grey’s Anatomy,” entre outras-, idealizada por Chris Van Dusen. Portanto, falo na coluna desta semana sobre os motivos do sucesso de “Bridgerton”. A série de época utiliza ferramentas clássicas do folhetim para contar uma envolvente história de amor com sabor de “Sessão da Tarde”. Aliás, aproveite para ler também o fim da série “Mundo Sombrio de Sabrina” e 5 melhores séries de 2020.
Ando com um pouco de preguiça de adentrar os universos das séries de época ultimamente. Então, custei a me interessar por “Bridgerton”, que estreou no Natal, no Netflix, embora tivesse curtido bastante o trailer. Às vezes é difícil desconectar da nossa realidade e viajar para a de dois séculos atrás. Requer muitas vezes embarcar em dramas e questões comportamentais que só ganham peso dentro daquele contexto da época e parecem pueris no nosso tempo (de pandemia). Mas vale o exercício.
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Cerca de duas semanas depois da estreia, comecei a ler matérias e ver que rapidamente a atração havia se tornado um dos programas mais assistidos do canal de streaming em muitos países. Portanto, arrumei um tempinho para me dedicar a ela e gostei, sim. Confesso que fiquei mais interessado em investigar os motivos do sucesso de “Bridgerton”, que deixaram o público tão interessado na trama, puramente folhetinesca, do que no meu próprio entretenimento. Ossos do ofício.
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Como a trama se passa em 1813, na Inglaterra, esqueça, naturalmente, a internet, celulares e qualquer tecnologia que possa tornar o roteiro engenhoso, o que é fascinante. Nem telefone havia ainda. Portanto, a série volta ao básico das intrigas: as cartas. Elas são extraviadas, violadas e até falsificadas por motivos nada nobres e dão mesmo pano para manga, gerando suspense do início ao fim – mas eu logo matei a charada. Um folheto semanal assinado pela misteriosa Lady Whistledown também faz as vezes de rede social. A figura circula pela aristocracia e conta em primeira mão no seu jornalzinho as últimas fofocas da corte, como quem está “in“, quem não está etc… Seria uma influencer nos dias de hoje. A única coisa que se percebe é que essa voz oculta que narra os episódios pertence à maravilhosa e icônica atriz Julie Andrews, 85 anos.
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A história que mais instiga a anônima colunista é sobre a relação da debutante Daphne (Phoebe Dynevor) com o Duque de Hastings, Simon (Regé-Jean Page). Uma das mais belas moças da corte, Daphne precisa desesperadamente encontrar um marido nesta temporada. Até porque, naquela época, essa era a única forma da mulher sair de casa e ser aceita pela sociedade. Certamente, ela deseja juntar a fome com a vontade de comer. Ou seja, arrumar um enlace com um homem que ame e não qualquer um que apenas lhe ofereça riqueza e prestígio. Já o Duque leva fama de bon vivant e até poderia ser tachado de macho alfa aqui na contemporaneidade, mas ele esconde um segredo do passado que o faz agir dessa forma e ser avesso ao matrimônio.
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Contudo, doido para se livrar das famílias que veem nele um excelente partido, arma com Daphne um plano socialmente perfeito: levam todos a acreditar que ela está sendo cortejada pelo duque, o que ajuda a afastar um pouco os inconvenientes. Detalhe: embora tenham uma química que faz a gente, o público, torcer pela dupla, Daphne e Simon, a princípio, constroem uma farsa para eles mesmos. Nos primeiros episódios, quase não se suportam, um clássico.
Mas, como em todo bom folhetim, esse estranhamento inicial logo se transforma em uma paixão arrebatadora, que vai atravessar obstáculos e ganhar reviravoltas até o último episódio. Outro fator interessante da produção é reescrever a História com licenças poéticas maravilhosas. Na trama, o racismo já é passado. Inclusive há uma boa representatividade de excelentes atores negros no elenco, que interpretam desde a Rainha da Inglaterra (Golda Rosheuvel) até o próprio protagonista, o duque vivido por Regé-Jean Page e sua família. O preconceito racial praticamente não existe, como já deveria ser agora em 2021. Essa talvez seja uma das melhores mensagens da série.
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Texto por Guilherme Scarpa. Janeiro 2021.
Fotos: reprodução.
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