Esqueci o certificado da febre amarela para a África do Sul
Na minha recente viagem para Capetown e Ilhas Mauricio, eu esqueci o certificado da febre amarela para a África do Sul. Quem me acompanha sabe o quanto eu emendo uma viagem na outra. Resultado: recebi o convite da rede One & Only para uma press trip – quando um grupo de jornalistas é convidado para conhecer um hotel e/ou destino e depois divulgá-lo entre seus leitores/seguidores – e nem percebi no e-mail que precisava do comprovante.
One&Only Le Saint Géran | Hotel nas Ilhas Maurício
*Update sobre o Certificado de Vacina da Febre Amarela
Ao todo, são 131 países que exigem o certificado da vacina, como África do Sul, Tailândia e Colômbia. Recentemente, para combater o surto de febre amarela em algumas regiões do Brasil, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de vacinação com doses fracionadas do imunizante. Estas doses serão aplicadas em municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, entre fevereiro e março. MAS ATENÇÃO: A DOSE FRACIONADA NÃO VALE PARA OS VIAJANTES! Quem for para algum país que exija o certificado, deve tomar a dose-padrão da vacina, de 0,5 mililitros e que imuniza para a vida toda. A dose fracionada contém 0,1 mililitros e dura 8 anos. É preciso tomar a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência da viagem ?
Esqueci o certificado da febre amarela para a África do Sul
Foi só ao fazer o check in na South African Airways, quando a atendente me pediu, que me dei conta que eu não o havia levado. E o pior: o voo saía do Aeroporto de Guarulhos, ou seja, como moro no Rio, nem tinha a possibilidade de passar em casa para pegar.
O dia em que esqueci meu laptop no avião
Suei frio quando ela disse que era imprescindível o certificado da febre amarela para a África do Sul e ainda mais para as Ilhas Maurício. Falei que tinha em casa, que tirei quando viajei para a Amazônia e que tinha usado este ano na minha viagem para a Tailândia, mas de nada adiantou. Era óbvio que ela precisava vê-lo. Na verdade, ela só podia concluir meu check in com o documento em mãos.
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A primeira coisa que fiz foi ligar para a casa e pedir para a minha empregada fotografar o documento. Pelo menos assim, eu teria um prova. Mas mesmo assim, a funcionária da South African Airways disse que a foto não adiantaria. Só mesmo o certificado da febre amarela para a África do Sul, se eu quisesse entrar no país.
O jeito então, foi ir até à Anvisa que fica no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos para ver se eles me ajudavam. Neste momento eu estava no Terminal 3 – são apenas 15 minutos andando. Eu continuava ligando desesperadamente para a casa, para ver se alguém atendia. Eu sabia exatamente onde estava o troço, tinha olhado para ele na véspera, ao pegar o passaporte e nem me dei conta que era necessário o certificado da febre amarela para a África do Sul.
Seguidores que viram companheiros de viagem
E agora?
Fui correndo até à Anvisa e quando cheguei lá, soube que quem tinha hora marcada tinha prioridade. Mas nessas horas sempre aparece alguém generoso. Um santo homem que viajaria no dia seguinte me deu a vez quando disse que meu embarque para Joanesburgo era em duas horas e eu corria o risco de não viajar.
A atendente, a princípio, não pareceu muito comovida com meu desespero que beirava o choro, quando contei a história. Disse que tinha tomado a vacina há anos, tinha o comprovante e na correria esquecera o certificado da febre amarela para a África do Sul.
Conclusão
Ela perguntou há quantos anos e quando eu falei dez, ela não foi muito otimista. “Ih, se tem dez anos, não sei se você vai estar aqui no sistema não…”. Gelei! Dei meus dados: CPF, RG, endereço, etc e ela começou a procurar no sistema. Só para criar mais suspense e eu quase enfartar ela diz “peraí que o sistema parou”. E dá-lhe pânico geral! Depois de alguns minutos, ela digita mais um pouco e fala “olha, você deu sorte, não é que te achei”?!!? Nem acreditei! Minha vontade foi enchê-la de beijos!!
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Ela imprimiu o certificado da febre amarela para a África do Sul, eu voltei correndo ao Terminal 3 e pude concluir o check in. A essa altura faltava uma hora para o voo. Deu tudo certo e apesar do susto, eu embarquei. Mas fica a lição: checar sempre todos os documentos requeridos para cada destino: vistos, vacinas, etc. Por um esquecimento bobo, pode-se criar um problemão. Já pensou? E com você, já aconteceu algo parecido, bem na hora do embarque?
Renata Araújo viajou a convite da rede One & Only e da South African Airways e foi assegurada pela GTA seguros.
Texto e fotos por Renata Araújo
Janeiro de 2018
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