Vinhos naturais em Restaurantes premiados do Rio
Há modismos que chegam para ficar. E a busca pelos chamados vinhos naturais, mais do que isso, é uma tendência da enologia mundial, para atender um consumidor que cada vez mais busca por produtos menos manipulados e que tenham mais identidade local. Como é o caso desses vinhos. Mas, em primeiro lugar: o que são vinhos naturais? E orgânicos? E biodinâmicos? Vamos explicar tudo no post de hoje da Enoteca YMG, além de falar mais sobre os vinhos naturais em restaurantes premiados do Rio! Três lugares especiais que de fato merecem sua visita. Aproveite para ler também dicas de bares de vinho na cidade.
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O que são vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais?
Para resumir, os vinhos orgânicos são feitos com uvas de vinhedos livres de agrotóxicos, e com selo de certificação. Já os vinhos naturais usam essas mesmas uvas orgânicas, mas a sua vinificação acontece de maneira espontânea, sem adição de leveduras e em processos artesanais, sem controle de temperatura na fermentação etc. Por fim, os biodinâmicos seguem essas regras também, e ainda outras, especialmente no cultivo do vinhedo e na colheita das uvas. São conceitos que muitos julgam como “místicos”, observando o calendário lunar, com técnicas agrícolas de preparação de solo e adubagem. Isso tudo até parece coisa moderna, mas é justamente o contrário.
Até pouco tempo, os anos 1940 e 1950, todos os vinhos eram naturais e orgânicos, praticamente. E o cultivo biodinâmico foi desenvolvido a partir dos anos 1920…Por exemplo. Fato é que os vinhos naturais estão em alta no mundo todo. E assim devem permanecer por um bom tempo, talvez para sempre. Alguns dos melhores e mais premiados restaurantes da cidade do Rio como Oteque, Irajá e Lasai, apresentam alguns pontos em comum:
1) Servem apenas menus degustação.
2) O serviço de vinhos é quase todo focado em vinhos naturais, de pequenos produtores.
3) E, cuidando da adega e das harmonizações do salão, estão três mulheres que se especializaram no assunto: Laís Aoki, Julieta Carrizzo e Maíra Freire.
Vinhos naturais em Restaurantes premiados do Rio
O melhor nesses lugares é ir e se entregar, aos chefs e aos sommeliers, no melhor estilo menu confiança. Vai por mim. São três portos seguros não só para se comer muito bem, obrigado, mas também para fazer isso apreciando menus muito bem harmonizados pelo trio. Sempre apresentando vinhos especiais, muitas vezes com raridades garimpadas a dedo de pequenos produtores e importadoras como a Dominio Cassis e a Europa, por exemplo (entre as grandes, a Decanter tem notável portfolio de vinhos naturais).
Oteque
O trabalho de Laís à frente do Oteque é feito em parceria com Leonardo Silveira, outro gabaritado profissional, especialista em vinhos naturais. Ali, a dupla faz um trabalho exemplar, com vinhos que de fato tornam ainda mais espetacular a cozinha meticulosa e delicada do chef Alberto Landgraf, que tem duas estrelas Michelin.
No começo do mês, o restaurante ganhou uma distinção que comprova o excelente trabalho que fazem com os vinhos (a carta muda quase que semanalmente): o prêmio de “Most Original Wine List in South & Central America and the Carbbean“, da World of Fine Wine. Ali, predominam os franceses (e dá-lhe Jura, Borgonha e Loire – e Champanhe, é claro), mas há muitos rótulos italianos, e também raridades brasileiras.
Aliás, vale lembrar que Laís foi a responsável por definir a carta do novo e muito recomendado Pope, em Ipanema, que já é um sucesso. Há rótulos na mesma linha, como o brasileiro Era dos Ventos Trebbiano on the Rocks e o italiano Bianchetto Lammidia.
Irajá Gastrô
Reinaugurado recentemente, agora não mais em Botafogo (aliás, ficava na mesma rua Conde de Irajá, onde estão o Oteque e o Lasai), mas no Leblon, o Irajá Gastrô tem harmonização inteiramente baseada em vinhos nacionais. Julieta encontra coisas realmente muito boas e raras garimpando por aí com olhar atento. Recentemente ela me apresentou o Casa Viccas, um corte das uvas Merlot e Lorena, um dos mais delicados vinhos brasileiros que já tomei, lembrando um Poulsard do Jura, com uma linda coloração cereja.
Na hora de pedir um dos três menus degustação da nova casa do premiado chef Pedro de Artagão, pode deixar os vinhos nas mãos da Julieta. Sem erro, e sempre surpreendente.
Lasai
O Lasai, dono de duas estrelas Michelin, é outro lugar para ir e se entregar às mãos do chef Rafa Costa e Silva. Nos delicados menus, o chef usa e abusa de hortaliças de sua produção própria. Além disso, se entregue também às sugestões da Maíra, que trabalha com rótulos variados – mas desde que sejam muito bons, de pequenas produções e, de preferência, naturais. Em suas harmonizações ela pode ir do cult chileno Pipeño ao brasileiro Incerteza Viva, do francês Monbazar ao alemão 2Naturkinder. Tem sempre umas preciosidades brasileiras. Sempre certeira e divertida a Maíra. E a cozinha do chef Rafa Costa e Silva dispensa apresentações. De fato, uma combinação infalível.
Quer começar a entender um pouco mais dos conceitos dos vinhos naturais e fazer isso comendo bem? Pode ir no Oteque, no Irajá ou no Lasai que não tem erro.
Por Bruno Agostini. Outubro de 2021.
Fotos: Bruno Agostini e Divulgação
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