Na coluna You Must See! desta semana, Guilherme Scarpa lança um olhar sobre a série Allen Vs. Farrow, da HBO, que traz à tona a treta de Woody Allen e Mia Farrow, que foram casados por 12 anos. De quebra, uma lista com grandes trabalhos realizados pela dupla no passado.
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Desde sempre, acho bastante estranho Woody Allen ter se apaixonado pela filha adotiva de Mia Farrow, Soon-Yi Previn. Mas quem sou eu? Sem juízo de valor, também sei que, como diz o clichê, “há razões que a própria razão desconhece”, não é mesmo? Assim que esse precedente foi aberto, um escândalo internacional no showbusiness em 1992, veio um outro pior ainda: o de que o genial cineasta americano teria abusado da filha que adotou quando estava casado com Mia, Dylan.
Então, toda essa treta de Woody Allen e Mia Farrow agora é colocada em xeque na série documental “Allen Vs. Farrow”, em cartaz na HBO. Ainda não chegou ao final, mas, independentemente da questão primordial que é abordada, tenha ela acontecido realmente ou não – nunca se provou que Woody fosse culpado, mas sua inocência segue reticente -, o que se pode perceber no documentário é o dano causado a Dylan.
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Portanto, verdade ou mentira, fato é que a menina cresceu com isso entranhado em sua alma e sustenta a acusação feita por sua mãe lá trás, um dano irreversível.
A série conta com passagens em áudio do cineasta, gravadas para sua recente autobiografia, imagens de vídeos caseiros em que ele demonstra muita afetividade por Dylan, mas nada fora do comum, e depoimentos da menina, hoje com 35 anos, e de Mia Farrow. A atriz, que estrelou 13 filmes do cineasta, entre 1980 e 1992, é enfática ao dizer “Woody Allen foi o maior arrependimento da minha vida” em uma das sonoras. No segundo episódio, relata que deu um tapa em Soon-Y quando descobriu a traição dos dois.
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Em ótima entrevista recente a Pedro Bial, que, aliás, está disponível na Globoplay, Woody se declarou mais uma vez inocente e injustiçado e ainda declarou apoio ao movimento #metoo, que ajudou a denunciar diversos abusos na indústria do cinema, como os cometidos pelo produtor Harvey Wienstein. Contudo, Allen vem sofrendo na pele as consequências das acusações: então teve um contrato com a Amazon Prime cancelado e uma editora desistiu de lançar seu livro, “A propósito de nada”.
Com isso, na série “Allen Vs. Farrow” sobra pouco espaço para ele se colocar, inclusive. Naturalmente, a treta de Woody Allen e Mia Farrow parece estar longe de chegar ao fim. Entretanto, também fica inegável que construíram filmes icônicos durante os anos em que estiveram juntos.
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E a arte, acredito, deve seguir inabalável, distanciada dos bastidores. Portanto, listo aqui, alguns dos melhores momentos eternizados na tela por esses dois geniais artistas, que you must see!.
Durante a Depressão nos anos 1930, nos Estados Unidos, uma mulher que apanha do marido e leva uma vida de cão, vivida por Mia Farrow, é uma apaixonada por cinema. Então, um dia, ela entra para dentro da tela, e experimenta um pouco da fábrica dos sonhos. Clássico demais, de um lirismo sensacional.
Mia, Barbara Hershey e a maravilhosa Dianne Wiest, Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante aqui, dão vida a três irmãs na Manhattan tão explorada na filmografia de Woody Allen. Seus dramas, confidências e traições salpicam na tela em interessantes discussões, com aquele humor ácido e cínico que a gente ama em Woody.
Alice (Mia Farrow), ricaça do Upper East Side, que anda bastante entediada com o casamento e que sofre de estranhas dores, vai se consultar com um chinês que a faz ficar invisível. Então, precisa dizer mais? Fábula contemporânea divertidíssima e capciosa, que ainda conta com a participação de William Hurt.
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Tudo está desbotado nesse longa que traz Mia Farrow como uma mulher que acaba de ter um colapso nervoso. Então, ela vai passar uns dias afastada da cidade, na casa de campo da família, em Vermont, com uma grande amiga, personagem de Dianne Wiest. Claramente inspirado nos filmes de Ingmar Bergman, de quem é fã declarado, Woody explora questões como autoestima, traumas e outras dores da alma.
Texto por Guilherme Scarpa. Março 2021.
Fotos reprodução.
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