Na coluna You Must See! desta semana, você vai ficar por dentro dos bastidores da série “And Just Like That…”, que chega ao fim. Portanto, Guilherme Scarpa faz uma resenha sobre a tão aguardada temporada do reboot de “Sex and The City”, que dividiu e muito opiniões. Assim que o último capítulo da série entrou no ar na HBO Max, quinta-feira, a plataforma também disponibilizou um documentário. Então, nele, Sarah Jessica Parker, Kristin Davis, Cynthia Nixon e equipe narram como aconteceu esse esperado reencontro 11 anos depois do segundo filme sobre “Sex and The City”. Aproveite e veja séries para viajar sem sair de casa.
+Reserve aqui seu hotel pelo melhor preço.
Quando estreou em dezembro, “And Just Like That…” irritou boa parte da crítica. Carrie Bradshaw, Miranda e Charlotte foram acusadas de serem superficiais e frágeis. Mas, se formos retornar a 1998, quando “Sex and The City” estreou, nunca houve assim tanta profundidade nos dilemas das então trintonas. Por isso, agora, na faixa dos 55 anos, e também penando para se atualizarem diante da nova ordem mundial, elas pecam, é claro. Afinal, quem não?
Sobretudo, a proposta do seriado sempre foi ser um produto extremamente bem-humorado e leve. Talvez até por isso a dramática morte de Mr. Big (Chris Noth) logo no primeiro episódio da série tenha impressionado. Logo em seguida, o ator foi cancelado, com razão, por uma acusação de estupro, e não apareceu mais nem em flashback.
+7 séries para viajar sem sair de casa
Ao longo dos dez episódios, assuntos como racismo, etarismo, luto e gênero deram o tom. Assim, Charlotte (Kristin Davis) se viu desesperada quando a filha afirmou que não gostava de vestidos e que queria mudar o nome de Rose para Rock. Em outro plot, a chegada de Che (Sara Ramirez, ator não-binário) mexeu com a sexualidade de Miranda (Cynthia Nixon). Com um casamento de 20 anos já desgastado com Steve (David Eigenberg), a advogada pragmática saiu da zona de conforto e se permitiu ser um pouco louca em algumas episódios. No último, ela própria se justificou, dizendo que sentia que era hora de mudar e foi viver esse novo amor (sem ser vítima de muitos conflitos).
+”Spencer”, novo filme sobre a Princesa Diana
Já o arco dramático de Carrie, que usou e abusou de figurinos escalafobéticos – duramente criticada pelo look do funeral de Big -, foi puramente existencial. Ex-autora de best sellers, ela agora participa de um podcast e tenta entender seu lugar em Manhattan como viúva. Então, em um dos episódios, ela até marca um date, que termina de forma absolutamente cômica. Solitária, retorna ao seu antigo apartamento e começa a escrever um livro. Ao que tudo indica, uma possível nova temporada vem aí e, me perdoe se você ainda não assistiu, mas Carrie vai viver um novo amor.
A saída de Samantha, personagem de Kim Cattral, não é ignorada no documentário que mostra os bastidores da série “And Just Like That”. A solução dada pela direção e roteiristas foi de ressuscitá-la em mensagens de texto. O artifício funciona, ainda que fique mal explicada a briga que teria afastado Carrie e Samantha, a ponto de fazê-la se mudar para Londres. Por conta de diferenças irreconciliáveis entre Sarah Jessica e Kim, fica mesmo impossível Samantha Jones retornar à série. E a pergunta que fica é: será que ela chocaria como fez nos anos 1990?
A câmera dos bastidores da série revela muito afeto entre Sarah Jessica, Kristin e Cynthia, que, aliás, é a diretora de um dos episódios. Kristin é até vítima de bullying das duas atrizes, por ser a única que mora em Los Angeles, “na outra costa”. O tempo só fica feio uma hora por causa de um chapéu. Sarah e o diretor se desentendem e o acessório é cancelado de última hora no set.
Em Paris, eles terminaram de filmar a primeira temporada com a mesmíssima equipe. É impressionante o trabalho do departamento de figurino, que garimpa peças vintage de grandes estilistas como Jean-Paul Gaultier e Vivienne Westwood, entre outros. Assim também é a busca por sapatos, uma das paixões de Carrie. Outro momento emocionante é quando todos relembram Willie Garson, o Stanford, que morreu de câncer durante as filmagens e saiu abruptamente. Isso fez com que Anthony (Mario Cantone) crescesse na trama.
Com seu altos e baixos, alguns episódios mais bem acabados do que outros, “And Just Like That…” tem muitos méritos. Ainda que sem o viço do original, afinal são outros tempos, acompanhar a vida das três amigas, que, sim, podem ser fúteis mas têm bom coração, diverte e muito. Aliás, a entrada da corretora de imóveis Seema, vivida por Sarita Choudhury, compensa um pouco a ausência de Samantha. E, além do mais, para matar saudades, há todas as temporadas antigas na HBO Max, certo? You must see!
Por Guilherme Scarpa
Fevereiro de 2022
A jornalista, escritora e criadora de conteúdo, Kika Gama Lobo acaba de lançar seu livro…
Conheça o luxo rústico do Mahré, novo hotel em São Miguel dos Milagres, com apenas…
Nossa editora-chefe Renata Araújo e editora-assistente Duda Vétere são juradas no ranking de 100 melhores…
Simone: restaurante elegante e intimista liderado por um genuíno chef piemontês que traz alta gastronomia…
A casa chega à badalada Dias Ferreira com ambiente elegante, balcão no sushibar e dj's…
O novo bistrô carioca Guimas em Cascais. O bistrô carioca, que existe desde 1981 na…