Por Helena Mayrink
Em sua 16ª edição em solo carioca, iniciada em 29 de agosto e indo até este fim de semana (dias 7 e 8 de setembro), a Bienal do Livro do Rio de Janeiro é uma iniciativa do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e da Fagga Eventos. Completa este ano seu 30º aniversário: são três décadas aproximando o público dos livros e estimulando leitura e educação.
Para os booklovers de plantão, é um prato cheio! Principal evento do mercado editorial do país e maior feira literária da América Latina, adotou a pluralidade como foco, com uma programação para todos os públicos, até mesmo aqueles que não descobriram ainda as maravilhas da literatura.
Mesmo com letras indicando “ruas” e autores famosos nomeando “avenidas”, pode ser fácil se perder no lugar, mas os mapas ficam nas entradas e saídas dos ambientes. Há, ainda, opções de lugares para comer entre os pavilhões e ao redor dos estandes, porém é melhor chegar cedo se não quiser enfrentar filas, até pra entrar, porque o lugar fica bem cheio, ainda mais nos finais de semana!
Além de livros, claro, o que mais se vê são leitores de equivalentes digitais. Todo tipo de editora e espaço resolveu apostar na área tecnológica, um diferencial popular em um mar de páginas de papel. Um dos numerosos exemplos é o estande da Kobo, marca de e-Readers e e-Books, com espaço estilosinho e confortável, cheio de amostras de seus produtos.
Em 2013, as atividades estão mais dinâmicas que nunca! Para isso, foram adicionados três novos espaços: o Placar Literário, dedicado à literatura futebolística; o Acampamento na Bienal, para adolescente, que trata de tecnologia e cultura de convergência (livro que vira filme, game, site, livro…), mostrando a narrativa no cotidiano; e o Planeta Ziraldo, para os pequenos (e grandes) fãs, homenagem lúdica ao autor, presente em todas as edições desse que é nosso mais importante evento cultural.
Além desses, há os territórios já conhecidos das antigas bienais: o Conexão Jovem, onde tal público pode encontrar seus ídolos, além de no acampamento; o Mulher & Ponto, levando novidades aos bate-papos sobre diversos aspectos do universo feminino; e o tradicional Café Literário, com debates descontraídos sobre livros, estilos e ideias, dos quais fazem parte os mais celebrados autores, com participação do público.
O ponto alto do evento é mesmo a interatividade. Com 950 expositores, sua grade inclui bate-papos, sessões de autógrafos, debates e apresentações de autores nacionais e internacionais (como Nicholas Sparks, Emily Griffin, James C. Hunter e o moçambicano Mia Couto). Mas estandes e espaços especiais também apresentam seus próprios meios de interação.
A Petrobrás, comemorando seus 60 anos, possibilita máquinas para que os visitantes tirem fotos próprias dizendo o que os inspira e colando essas em seu “painel de inspirações”, à vista de todos que por ali passam.
O iba, maior loja online de conteúdo digital do país, em seu estande, apresenta máquina de algodão doce e um fundo verde, para que as pessoas possam tirar fotos e depois escolher qual cenário literário colocar. Ao seu lado, está o da CBN, em que você pode criar sua própria reportagem.
Enquanto a Estante Virtual, maior acervo de livros online do Brasil, faz um desafio (com os ganhadores recebendo uma ecobag e um marcador de livro), a Light, empresa fornecedora de energia, aposta em tablets e num jogo de tabuleiro no próprio chão em sua parte.
Há também a Máquina de Ler, dispositivo em que cada pessoa que entra lê um trecho do livro Capitães de Areia, de Jorge Amado, tendo som e vídeo gravado e indo para o blog, sendo uma forma de contar a história de maneira inovadora e divertida.
Com tanto a ser visto em três pavilhões do Riocentro, os compradores são atraídos por inúmeras características. Entre promoções, homenagens (como a da Panini aos 50 anos da personagem Mônica, de Maurício de Sousa), cores e “arquitetura” chamativas e personagens em tamanho real, as editoras lançam mão da criatividade, criando uma festa literária!
Três pequenos destaques são: a Rocco, que tem um grafite da escritora Thalita Rebouças (que colaborou na revista A Sua Viagem), com um quadro para seus leitores infantojuvenis deixarem recadinhos, e uma imagem de Clarice Lispector, com frases suas; a LeYa, que traz um grande trono da série de livros do autor George R.R. Martin; e a Cortez Editora, de estande sustentável, de papelão, em sua maior parte, e tendo atendentes entregando um papel que, depois de lido, pode ser picado e plantado em casa, por nele ter sementes de Boca de Leão.
Não podemos deixar de lado, é óbvio, o país homenageado desta edição do evento, a Alemanha. A Feira de Frankfurt este ano homenageia o Brasil, então, em parceria como o Instituto Goethe, um estande alemão foi montado, com uma oferta variadíssima nos quesitos artístico e literário.
A parte de cima da homenagem é decorada com lâmpadas coloridas, dando um efeito adorável, e um grupo de autores alemães participa das ações dedicadas à sua nação. No grande espaço reservado, a atração principal, no entanto, é a exposição multimídia Alemanha de A a Z, com as letras do alfabeto representando palavras em alemão.
Com um evento incrível desse por só mais um final de semana, você não pode perder! Eu fui e adorei!
Fotos: Helena Mayrink e divulgação
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