Fui convidada para conhecer o hotel Vira Vira, um Relais Chateaux em Pucón, no Chile. Pelas informações e fotos, parecia um lugar bem bonito, mas não imaginava que seria extraordinário. Pucón fica a uma hora e meia de de voo de Santiago (aeroporto de Tejuco), mais uma hora e meia de carro. A cidade vizinha se chama Villarica, homônima ao vulcão, grande atração da região e responsável por uma paisagem de tirar o fôlego.
O hotel fazenda foi aberto há dois anos por um suíço, apaixonado pelo projeto e que vive ali seu dia-a-dia. Ele é envolvido em tudo que cerca a propriedade. Em uma área de 22 hectares, o Vira Vira (nome de uma planta) tem seis suítes no prédio principal, onde também ficam o restaurante e o bar, em um salão imenso, com vários espacinhos charmosos e a recepção integrada.
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Do lado de fora, um rio, muito verde e as 12 suítes, a menina dos olhos do hotel. Quartos super confortáveis, de 75 m2, de frente para o rio Liucura, com uma vista que não cansa nunca e só nos acalma e nos faz esquecer dos problemas cotidianos.
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O quarto tem uma decoração pra lá de aconchegante, ideal para dias de inverno, com muita lã e mantas espalhadas. Há cafeteira e frigobar, todos incluídos. E o xodó foram as ovelhinhas de enfeite, mais fofas impossível!
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O banheiro tem duas pias, chuveirão e do lado de fora ainda rola uma jacuzzi durante o verão. Há um sofazinho integrado à cama, propriamente colocado para curtir a vista, relaxar, ler, namorar e contemplar a natureza, de frente para o rio. Só há uma coisa comum em outros quartos de hotéis que não tem no Vira Vira: televisão. Mas confesso que ela não fez a menor falta. Nem percebi a ausência, para dizer a verdade.
O que mais me chamou atenção no hotel, entretanto, foi o bom gosto reinante. Não houve nada que eu não tenha gostado em termos de decoração ou aproveitamento do espaço. Muita madeira, pedra, couro, lã, tapeçaria e artesanato locais, que dialogam perfeitamente com o ambiente. Os donos – um casal de suíços, muito presentes em todo o projeto, diga-se de passagem – fizeram questão de usar peças feitas por artesãos locais. E o mobiliário foi todo feito sob encomenda. Resultado: o Vira Vira conseguiu mesclar o rústico com o luxo, sem ficar cafona, sem esbanjar. Tudo de uma maneira tão natural e aconchegante, que nos faz nos sentir em casa.
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Outro trunfo do hotel é a gastronomia. A fazenda conta com plantações, criação de ovelhas, leiteria e queijaria. O que quer dizer que a comida é toda orgânica, feita com produtos mais do que frescos e que fazem toda a diferença no nosso paladar. Sua cozinha conta com 99% ingredientes locais, colhidos ou produzidos na hora.
Como não sentir saudade do pão quentinho delicioso antes de cada refeição, da manteiga de comer rezando, dos ovos mais saborosos do mundo, os queijos, o cordeiro, o salmão, todos os legumes muito bem preparados e com gosto, muito gosto. Obra do jovem chef uruguaio Alberto Damian Fernandez Dupouy. Ele comanda a cozinha com maestria e leva um toque francês à mesa, principalmente em se tratando dos elaborados molhos.
As refeições no Vira Vira funcionam da seguinte maneira: todos os dias há um menu diferente para o almoço e o jantar, preparado pelo chef. Ele faz uma cozinha que traz receitas antigas com um toque moderno. Como só há um menu por refeição, claro que os hóspedes com restrições alimentares, avisam antes e são prontamente atendidos.
Antes do jantar, somos sempre convidados a experimentar os drinques locais, feitos pelo barman. Virou um ritual bem simpático do nosso grupo de blogueiras.
Isto quer dizer que o Vira Vira Relais Chateaux é um hotel all inclusive. Você pode até pagar a diária, que sai por volta de U$300 mas não compensa, já que terá que pagar todas as refeições por fora. Todos os dias, os horários do café, almoço e jantar são escritos em um simpático quadro negro na recepção. Para ter uma ideia dos preços – que variam conforme a temporada – um pacote de 5 noites sai por uma média de U$3.880 por pessoa.
Isto conta também para as inúmeras atividades oferecidas pelo hotel, como rafting, floating, passeios a cavalo ou de bicicleta, pesca, andar na neve com “raquetes”, tracking, visitas à águas termais e grutas vulcânicas… Durante o inverno, é possível também esquiar nas redondezas do vulcão Villarrica ou escalá-lo. Para mais informações, acesse o site oficial de esqui em Pucón.
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Como o próprio hotel descreve, é a “elegância da aventura”. Os passeios são todos personalizados, com guias especializados e muito solícitos, que tomam conta da gente de verdade. Não se espante se ele acabar com um piquenique bem produzido à beira do rio, com direito à taça de vinho ou cerveja local e guloseimas mil. Experimentei alguns deles, como você pode comprovar nas fotos.
Uma estadia no Vira Vira é capaz de agradar todos os gostos: seja quem vai em busca de paz e relaxamento e aqueles que não conseguem ficar parados e querem aproveitar o dia da melhor maneira possível.
E no próprio hotel também são oferecidas aulas de culinária para crianças e adultos – e degustação de vinhos – como a que tivemos o gostinho de experimentar com o simpático chef Damián Fernández, seguido de um jantar inesquecível!
Elas são ministradas em uma casa à parte, bem fofa, diga-se de passagem, onde também rolam eventuais aulas de pintura, costura e tecelagem.
Vale lembrar que apesar de eu ter ido no inverno, a alta temporada do hotel é no verão, quando a paisagem fica ainda mais alegre.
Nas redondezas, vale também a pena conhecer o centro de Pucón, para ver as lojinhas típicas. A cervejaria local, a Crater, é um programa bem interessante e divertido. Com 10 anos de idade, a fábrica produz 14 tipos de cervejas e 18 mil litros por mês. Para ir até lá, basta ligar e agendar a visita.
Seja no verão ou no inverno, uma ida a Pucón por 3, 4 dias e uma estadia no hotel Vira Vira, vale muito a pena. Não dá para esquecer as paisagens incríveis, alta gastronomia e uma hospedagem de luxo e conforto em seu máximo.
Texto e Fotos por Renata Araujo
A repórter viajou a convite da Leroy Viagens, agência de turismo de luxo, em Belo Horizonte, que atende todo o Brasil e sugere roteiros personalizados.
Setembro de 2016
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