Pousada do Engenho, refúgio na serra gaúcha

Por Cris Berger

Que tal esquecer da vida na Casa do Zé Colmeia? É a Pousada do Engenho, refúgio na serra gaúcha, mas não tem nada a ver com Gramado, que é agitada, lotada de turistas e atrações. Nada, nada disso. No Engenho, você atrasa o relógio. Melhor: você joga o relógio fora. Existem várias opções de lazer fora dela, mas eu recomendo: faça check in e só volte a pensar em sair dali quando acabar sua estadia.

Porto Alegre está há menos de duas horas de carro de São Francisco de Paula, uma típica cidade gaúcha de antigamente, que, por sorte, não mudou seu DNA. Você vai passar pela rua principal para chegar à pousada e poderá ver homens trajados a rigor: com bota, bombacha e lenço vermelho no pescoço. Todo mundo (sem exceção) vai estar com uma cuia de mate nas mãos. No inverno, o frio é pra valer. No verão, a temperatura fica alguns graus a menos do que na capital. Eu, particularmente, torço que faça frio e chova quando estou por lá.

A Pousada do Engenho foi construída no meio de um bosque. São 15 cabanas feitas de madeira, independentes e privativas, com tudo que um viajante exigente pode desejar: uma cama espetacular, lareira, claraboia, pelegos fofinhos (lã de ovelha muito fofinha!), jacuzzi para casal, frigobar com espumante, seleção de CDs com diversos estilos musicais, um bom acervo de filmes em DVD, que podem ser retirados na recepção e levados para a cabana, carta de vinhos e room service. Veja bem, serviço de quarto no meio da mata nativa fica mais gostoso.

Já que o assunto é comida, prepare-se para o café da manhã. Ele não é exatamente enorme, mas feito com capricho e preparado na hora. Caseiro, tem gosto de casa da vovó. Destaque para o iogurte e granola, para os pães de queijo que chegam quentinhos à mesa em uma cestinha! O que falar dos bolos de fubá e chocolate? Você toma chimarrão? Não? Que tal experimentar? Um mate de manhã acompanhado de um bolinho… hummm, é um prazer como poucos!

A vida nas cabana se basta… você pode colocar a leitura em dia, dormir fora de hora, balançar na rede ou na cadeira de balanço das varandas, relaxar na jacuzzi, tomar um vinho frente à lareira sentado num pelego, bater papo sem pressa escutando o barulhinho da mata, namorar escutando a chuva cair no telhado e na claraboia…. E quando você vê, faltou tempo, faltou ócio para renovar as baterias, e tudo que se quer é encontrar uma nova brecha na agenda para voltar ao melhor dos refúgios!

Agora que você já sabe onde ficar na serra gaúcha, antes de ir embora, visite o casarão onde está a sala de massagem e o ofurô. Reserve um tempo para os dois: entregue-se a uma massagem relaxante e a um banho de imersão com vista para o verde abundante através dos dois janelões que parecem projetá-lo para dentro da natureza.

Fotos: Cris Berger

Se quiser conhecer mais sobre o trabalho da  jornalista Cris Berger, acesse o canal do youtube e sua página do facebook!

Leia mais:

Tiradentes: uma cidade mágica no interior de Minas

Um roteiro pelas pirâmides mexicanas

Onde comer em Búzios

Um paraíso grego chamado IOS

Outubro de 2014.