O que fazer em Bichinho, cidade perto de Tiradentes

Publicado por
Duda Vetere

Quando alguém pensa nas cidades históricas mineiras, logo vem à mente Tiradentes, Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Congonhas. Mas aos pés da Serra de São José, no início da Estrada Real, há uma pequena beleza de nome curioso, que merece ser visitada: Bichinho. Localizada a sete quilômetros de Tiradentes, tem suas origens no início do século XVII, com a descoberta das ricas jazidas de ouro em Minas Gerais. Depois das primeiras moradias, começou a ser construída em 1732 a Igreja de Nossa Senhora da Penha. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ela se junta a atrações incomuns, como uma Casa Torta e um Museu do Automóvel, e a outras tradicionais, entre elas artesanato e gastronomia. Portanto, neste post saiba o que fazer em Bichinho, certamente uma cidade perto de Tiradentes que merece ser visitada:

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O que fazer em Bichinho

1 Casa Torta

Idealizada por Renato Maia, produtor teatral, e Lu Gatelli, artista, a Casa Torta surgiu da vontade do casal de criar um centro cultural lúdico em Bichinho, para onde se mudaram ao deixar o Rio de Janeiro. O prédio foi erguido por artesãos locais, e a fachada, “rabiscada” por Lu, como eles dizem, tem não uma, mas duas casas tortas, que recebem artistas locais e divertem os visitantes. No primeiro andar há café e lojinha. Já no segundo, estão figurinos de teatro, camarim, cenários para fotos, brinquedos antigos, slackline, mesa de totó, biblioteca infantil. No quintal, há caixa de areia, cama elástica, balanço, escorrega, bambolês, blocos de montar, jogos de tabuleiro, caça ao tesouro, uma parede que pode ser pintada. A Casa Torta abre de quarta-feira a domingo, das 10h às 17h. O ingresso custa R$ 15 por hora.

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2 Oficina de Agosto

Bichinho, cidade perto de Tiradentes, sempre foi conhecida por seus artesãos e a produção de bijuterias, mas na década de 1990 ganhou uma escola de artesanato que deu novo vigor ao lugar. Criada pelo artista plástico paulista Antônio Carlos Bech, o Toti, a Oficina de Agosto funciona também como loja. A oficina trabalha com materiais reciclados, e forma artesãos, que acabam abrindo outras lojas. Há quadros e painéis, objetos de decoração como vasos, fruteiras e castiçais, esculturas em madeira e ferro de animais, e móveis feitos com madeira de demolição. A Oficina de Agosto abre de segunda-feira a sábado, das 10h às 17h, e aos domingos, das 10h às 15h.

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3 Museu do Automóvel da Estrada Real

No meio do caminho entre Tiradentes e Bichinho fica o sítio Pau D’angu, que esconde um dos cinco museus de automóveis do Brasil. O Museu do Automóvel da Estrada Real foi inaugurado em 2006, reunindo os veículos do acervo de Rodrigo Cerqueira Moura, que começou a coleção com um Mercedes-Benz 1952 e um Jeep Willis 1951. Atualmente há 50 carros em exposição, e 20 outros estão sendo restaurados. Além disso, há carros raros, como, por exemplo, um Renault Fragate 1953, clássicos como o Austin Mini e o Citroën 2CV, e nacionais como o Simca Chambord, o DKV Vemag e o Renault Dauphine. O museu abre todos os dias, das 9h às 18h, com ingresso a R$ 20, e R$ 10 para estudantes, professores e maiores de 60 anos.

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4 Restaurante Pau de Angu

Perto do museu, no mesmo sítio Pau D’Angu fica o restaurante de mesmo nome. Se um museu do automóvel era algo inusitado, então aqui é tudo o que se espera de um restaurante mineiro. Torresmo, costelinha, linguiças, lombinho, leitão à pururuca. Frango ao molho pardo, com quiabo, com ora-pro-nóbis. Feijão tropeiro, tutu, couve fininha. E uma fantástica mesa de sobremesas com doce de leite, ambrosia, goiaba em calda, goiabada cascão, cidra… Tudo isso em uma casa de fazenda com vista para o paredão da Serra de São José. Certamente tinha que constar em nosso roteiro de o que fazer em Bichinho.

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Restaurante

5 Cachaça Mazuma Mineira

Certamente não poderia faltar uma boa cachaça artesanal mineira neste roteiro. A sede da cachaçaria Mazuma é interessante mesmo para quem não gosta de cachaça. Há um bonito jardim, emoldurado pela Serra de São José, e uma loja com gostosuras mineiras, como, por exemplo, queijos e doces artesanais, além das diferentes cachaças produzidas no local. Funcionários mostram os tonéis de aço e de madeira na adega e fazem um resumo do processo de produção. Há também a possibilidade de fazer uma visita guiada pelo alambique, por R$ 10. Consulte antes os dias e horários. Aliás, o nome Mazuma é uma brincadeira com o jeito mineiro de dizer “mais uma”.

6 Igreja de Nossa Senhora da Penha

Nossa última dica de o que fazer em Bichinho foi construída entre 1732 e 1771. A fachada despojada da igreja, com elementos em pedra sabão, contrasta com a riqueza do interior, que tem trabalhos de talha dourada e altar-mor da segunda fase do barroco, estilo Dom João V. Altares laterais, púlpitos e o cruzeiro também se destacam, assim como as pinturas dos forros da capela-mor e da nave, atribuídas a Manoel Vítor de Jesus, aprendiz de Mestre Ataíde. A fachada e o forro foram restaurados em 2005. Além disso, no mês de setembro há festa da padroeira, com barraquinhas e banda de música.

Texto e fotos por Carla Lencastre. Janeiro 2020.

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