O museu Fundação Louis Vuitton é uma ótima dica de passeio cultural em Paris. Aberto desde 2014, o prédio, projetado pelo arquiteto Frank Gherry, é a maior atração da região. Em forma de navio e todo envidraçado, com 12 placas, a estrutura não passa desapercebida e não à toa, custou R$ 143 mil euros e levou cinco anos para ficar pronta. Todo ano, inúmeras exposições passam pela fundação e encantam não só turistas como locais. Em minha mais recente visita a Paris, visitei a mostra do pintor Mark Rothko, que reúne cerca de 115 obras das coleções da National Gallery of Art e da Phillips Collection, em Washington, da Tate, em Londres, e do acervo privado da família do artista. Além desta, outras duas exposições ficarão em cartaz até 2024. Portanto, caso passe pela Cidade Luz, vale a pena conhecer as exposições da Fundação Louis Vuitton!
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Distribuídas por todos os espaços da Fundação Louis Vuitton, seguindo um percurso cronológico, as obras de Mark Rothko traçam toda a trajetória do artista, desde as primeiras pinturas até à abstração que define a sua identidade. Em cartaz até abril de 2024, a exposição começa com cenas íntimas e paisagens urbanas – como as cenas do metrô de Nova York – que dominaram a década de 1930. Além disso, a mostra traduz um repertório inspirado em mitos antigos e na dimensão trágica da condição humana durante a guerra.
A partir de 1946, Rothko dá uma guinada decisiva com as Multiformas. Assim, a organização da sua pintura evolui rapidamente para as obras “clássicas” da década de 1950, onde formas retangulares se sobrepõem com tons de amarelo, vermelho, ocre e laranja. Ah, e vale a pena subir no terraço da Fundação Louis Vuitton para ter belíssimas vistas de Paris, para o Jardim da Aclimatação!
Mark Rothko foi um pintor americano do movimento contemporâneo do expressionismo. Começou a carreira em 1925, em Nova York, e foi um dos grandes artistas do século XX, conhecido por suas pinturas abstratas e intensas. “Tornei-me pintor porque queria elevar a pintura ao mesmo nível de intensidade da música e da poesia”, disse Rothko, certa vez.
A fundação é composta por mais de 10 galerias e o sucesso do local, sem dúvidas, é a vista para o jardim da aclimatação que faz parte do Bois de Bologna, no terraço. Aliás, em 2016, o prédio ficou ainda mais bonito, todo colorido e chamando a atenção de quem passava por ali. O artista francês Daniel Buren instalou placas de vidro que criaram um jogo de luz e cor de acordo com o movimento do sol. No entanto, recentemente, a estrutura voltou a ficar com o conceito monocromático, mas nunca perdeu o caráter artístico.
Quem quiser estender a programação para almoçar ou fazer um lanche, o museu tem o “Le Frank”, comandado por Jean Louis Nomicos. Aliás, o chef também é dono do “Les Tablettes”, restaurante que lhe rendeu uma estrela Michelin.
Para chegar até lá é super fácil. Basta pegar um shuffle – que os franceses chamam de navette – pertinho do Arco do Triunfo, na Place Charles de Gaulle, que parte a cada 20 minutos.
Até o dia 19 de fevereiro de 2024, a exposição “Adeus”, de Alex Ayed, apresentará um projeto único que assume a forma de uma expedição à vela pelo mundo. A princípio, esta mostra inaugura o início da viagem e reconstitui as observações e experiências cotidianas vividas no mar pelo artista.
Já a exposição “Além”, ficará em cartaz – assim como a de Mark Rothko – até o dia 2 de abril. As pinturas de Xie Lei visam traduzir um universo sensível e um campo de experimentação que serve para explorar o mundo contemporâneo. Inspiradas no imaginário tradicional chinês, nos rituais antigos e na mitologia ocidental, as obras remetem para situações conturbadas ou perturbadoras. Os temas abordados são muitas vezes sombrios e perturbadores, como o sono e a morte ou o tormento e o erotismo.
Agora, resta saber quais as próximas surpresas que a Fundação Louis Vuitton em Paris nos reserva!
Veja no site todos os horários de funcionamento e preços!
Endereço: 8 Avenue du Mahatma Gandhi, 75116 Paris
Texto e Fotos: Renata Araújo
Junho de 2016. Atualizado em Dezembro de 2023
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