Enoteca YMG

Dicas de espumantes brasileiros para as festas de fim de ano

Publicado por
Duda Vetere

Dezembro está aí. Tempo de festas. E celebração é sinônimo de espumante! Champanhe vai ser sempre a maior referência no assunto – mas, alguns dizem que com o aquecimento global os vinhos de lá vão piorar e as borbulhas da Inglaterra vão melhorar. De fato, é esperar para ver. Enquanto isso, os brasileiros continuam aprimorando a qualidade de seus espumantes. Todo mundo já sabe que o maior orgulho da enologia nacional são essas garrafas bojudas, que pipocam como nunca entre o Natal e o Réveillon. Além disso, um espumante é sempre um bom presente. Aliás, curioso notar que a reconhecida internacionalmente melhora de nossos espumantes começou pelas mãos de dois estrangeiros. Portanto, nesta coluna Enoteca YMG, compartilho preciosas dicas de espumantes brasileiros para as festas de fim de ano! Aproveite para ler também lugares no Rio para beber vinho à beira da piscina.

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Espumantes brasileiros para as festas de fim de ano

Foi a partir dos anos 1970, com a chegada ao Brasil do chileno Mario Geisse e do argentino Adolfo Lona, que esses vinhos foram se tornando o maior emblema da enologia do país. Hoje são autoridades no assunto, e referência. Neste ano de 2021 completa uma década de um marco no maior feito internacional de um espumante brasileiro. Foi quando a Master of Wine Jancis Robinson colocou o espumante Cave Geisse Brut 1998 para fazer parte da degustação do Wine Future 2011, em Hong Kong, atribuindo-lhe nota alta e comentários elogiosos (deu 18,5 em 20 possíveis).

Vinícola Geisse

Ele chegou ao país em 1976, contratado pela Chandon, que em 1973 se instalou no Brasil. Foi Geisse quem identificou o imenso potencial da região de Pinto Bandeira para a produção de espumantes. E foi lá que comprou a área onde instalou a sua linda vinícola. Um terreno especial para a produção de vinho, e de deslumbrante paisagem, com excelente estrutura turística. Aliás, falando nisso, a visita ao lugar é das mais imperdíveis de toda a Serra Gaúcha. Vai por mim.

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Saiba Mais

Geisse, em Pinto Bandeira

Cave Geisse

Tente fazer algum programa que inclua, além da degustação do maior número possível de vinhos, as empanadas, preparadas por Margarida, mulher de Mario Geisse. Os espumantes dele são sempre uma referência. Garantia de sucesso na ceia e também como presente, e fundamental na virada do ano. O sucesso é imenso. Hoje, é impossível conseguir mais de seus vinhos, para novos distribuidores. Se alguém quiser comprar para revender em lojas e restaurantes vai receber a seguinte resposta: infelizmente não estamos ativando novos CNPJs.

Mas, no Rio, há sempre as suas garrafas em antigos parceiros. Como, por exemplo, o restaurante Bazzar, onde elas nunca faltam em suas cartas de vinhos, e no supermercado Zona Sul, sempre exposto nas prateleiras.

Adolfo Lona

Aliás, a sua história é semelhante à de Mario Geisse. Nascido em Buenos Aires, ele chegou ao Brasil também contratado por uma multinacional do vinho. Foi em 1974, quando ele se chegou a Garibaldi (hoje a capital nacional do espumante) para trabalhar na italiana Martini & Rossi, que a exemplo da Chandon também plantou os seus primeiros vinhedos no Rio Grande do Sul em 1973. E nunca mais saiu. Para a nossa sorte.

Este muy simpático hermano argentino é ídolo das novas gerações de enólogos brasileiros. Além disso, coleciona uma legião de fãs entre os consumidores. Pudera: seus espumantes são pura alegria e delicadeza. Perfeitos para ilustrar momentos de felicidade. Sua linha de borbulhas (e também de vinhos tranquilos) são garantia de qualidade. Mas há quatro rótulos que são os ícones da casa. Porque tanto o seu Orus, um rosé sensacional; quanto o Silvia, homenagem à esposa; e o Mulier, homenagem às suas quatro mulheres (além de Silvia as três filhas Maria Gabriela, Ana Isabel e Tais Carolina); quanto o Brut Nature Pas-Dosé estão entre os melhores espumantes do Brasil. Seus vinhos estão em muitos dos melhores restaurantes e enotecas do Rio, distribuídos pela importadora Zahil. No Grupo Irajá ele faz os espumantes da casa, Brut e rosé.


Estrelas do Brasil

Hoje temos dezenas de enólogos brasileiros fazendo um trabalho brilhante com as borbulhas. Mas há outro nativo de vizinho do Mercosul que se tornou um dos maiores nomes da enologia brasileira. Trata-se do uruguaio Alejandro Alberto Cardozo Rapetti, eleito o Enólogo do Ano em 2021 pela Associação Brasileira de Enologia (ABE). Justa honraria a ele que faz espumantes fantásticos em sua linda vinícola. O nome é uma homenagem ao país que lhe acolheu em 2002: Estrelas do Brasil, cujo batismo remete ainda a um dos nomes mais importantes da história da bebida. Don Pérignon, que teria dito “estou bebendo estrelas” ao provar o seu vinho produzido na região de Champanhe. Afinal, um bom espumante nos leva aos céus.

Alejandro Alberto Cardozo Rapetti

Como é o caso das garrafas de Alejandro Alberto Cardozo Rapetti. Ele inaugurou a sua cantina em 2005, ao lado de um dos enólogos brasileiros mais talentosos, Irineo Dall’ Agnol. Sua linha de espumantes é talvez a mais ampla do Brasil. Com toda a sorte de estilo, incluindo um tinto, feito com Pinot Noir, raríssimo de se encontrar. Uma dica: prove com leitão, como fazem na Bairrada, região portuguesa famosa por suas borbulhas e porquinhos assados. Se puder dar uma sugestão é esta: compre os espumantes safrados da Estrelas do Brasil. Produzidos através do método tradicional (ou champenoise), estão entre os melhores do país, honrando o seu nome. São astros de nossa enologia. As vendas são feitas direto no site deles.

Rota Cantinas Históricas

Portanto, pode ir de olhos fechados e muita sede. Ainda dá tempo de chegarem para o Natal. Sei que está longe, mas… Boas festas. 

Por Bruno Agostini. Novembro de 2021.
Fotos: Renata Araújo e Divulgação

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