Neste domingo, dia 31, é o Dia do Comissário de Bordo! Certamente um profissional super importante e que admiramos! A função está sendo muito afetada pelas consequências que o Coronavírus está trazendo para o mundo da aviação. Portanto, conversamos com alguns comissários de bordo que voam pelo Brasil e pelo mundo, e que nos contaram como está sendo a preparação para voltar a rotina e como será o trabalho pós Covid-19. Aproveite para ler também sobre a reabertura de Miami, os voos da American Airlines pós pandemia e as iniciativas dos hotéis de luxo.
Rogério Lyra mora em Seattle, nos Estados Unidos e há mais de 20 anos e trabalha na Alaska Airlines há 12 anos. Passou o Carnaval deste ano no Brasil, e voltou no dia 2 de março, quando estavam começando a surgir casos de Covid no Brasil. ”Quando eu voltei a trabalhar, os voos iam com a metade da capacidade, as pessoas já tinham começado a deixar de voar. Março foi o último mês que trabalhei, foram apenas 3 voos”, conta Rogério. Nestes voos, a companhia aérea começou a disponibilizar produtos de limpeza antibactericida para os comissários, assim como lenços umedecidos com álcool, para limpar as mesinhas, assentos, etc. As máscaras eram levadas de casa pelos próprios comissários.”
Marcela Soares é brasileira, mora em Dubai desde 2015 e é comissária de bordo da Emirates. ”Pousei em um voo de São Francisco para Dubai no dia 20 de março. E no dia 26, a Emirates cortou todos os voos mundiais. Desde então, não voou mais. Apenas continuou com os voos de carga e repatriação, que foram poucos”, conta Marcela.
Marcelo Bueno, comissário de bordo em uma companhia brasileira há 9 anos e meio, está trabalhando muito pouco. “Sai um voo a cada 20 dias mais ou menos. Então a rotina mudou muito, pois antes, por conta das nossas viagens, ficávamos cerca de 6 dias fora de casa,. Agora vamos e voltamos no mesmo dia, em sua maioria. Várias medidas novas foram tomadas e máscara é obrigatória para todos. Nosso maior desafio tem sido incentivar o uso correto das mesmas. Aliás, vale lembrar que álcool em gel pode levar, mas o álcool líquido é proibido, então estamos com um alerta maior nesse sentido”, conta Marcelo.
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Já Marcela, com os voos da Emirates suspensos, voltou a ter uma rotina, algo que os comissários de bordo não costumam ter. “Como só trabalhamos com voos internacionais mais longos, e não temos escalas domésticas – como acontece com outras cias – tivemos que ficar em casa. A empresa está sempre se comunicando conosco, passando cursos online em relação à Covid-19 e aos procedimentos que vamos ter que adotar nos voos. Ou seja, estamos nos adaptando para voltar a voar”, explica Marcela.
Para Rogério, a situação é parecida com o ataque terrorista do World Trade Center. “Quando aconteceram os ataques de 11 de setembro nos EUA, mudou muito a aviação. Não só nos aeroportos, mas também nos procedimentos de segurança. Por isso, acredito que vá acontecer a mesma coisa. Tem companhias aéreas falando em mudar a configuração de certos voos, assim como a redução no número de passageiros, mas não sei se isso será possível”, diz. Atualmente, em todas as companhias americanas, os passageiros e comissários devem usar máscaras durante todo o voo. Quem estiver sem, não embarca.”
Marcela Soares conta que, no dia 21 de maio, começou a primeira fase da retomada de voos da Emirates. “Tenho um voo para Bangcoc marcado para o dia 9 de junho. Além disso, houve uma mudança em relação aos voos, que antes eram lay overs (tinham parada no local) e agora são bate e volta. E nesta primeira fase, os serviços de bordo também mudaram completamente. ”Tudo é diferente”, diz Marcela.
“Acredito que, nos Estados Unidos, serão uns 2 anos até que tudo volte ao normal, ou como era antes… Mas isso também depende se a vacina for encontrada”, conta Rogério. Já Marcelo acredita que, no Brasil, a retomada dos voos será melhor do que prevista no início da pandemia. “Mas pode ser um caminho complicado para classe, e teremos que lidar com uma crise desconhecida ainda”, diz.
Para Adriana Garritano, brasileira e comissária de bordo em Buenos Aires, a crise econômica vai afetar o modo como as pessoas viajam. “Por enquanto não há previsão de nada, e quando tudo isto acabar, acredito que para as pessoas voltarem a viajar, vão ter que ter promoções, se não acho difícil”.
Enquanto isso, Marcela é otimista, e crê que a tendência é voltar a ser como era antes. “Algumas das mudanças que estão sendo feitas, principalmente nos aeroportos, serão mantidas. Mas nas aeronaves, principalmente as do Oriente Médio, a tendência é voltar ainda melhor”, acredita. Parabéns a todos eles e que possam voltar ao trabalho, com segurança, o mais rápido possível!
Por Duda Vétere. Maio 2020.
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