Capital cultural e turística do Marrocos, Marrakech é conhecida como a “Cidade Vermelha” por conta da cor predominante em sua arquitetura. Destino fervilhante e badalado, há muito o que fazer nesta cidade rodeada por palmeiras e muralhas fortificadas. Neste post, listamos 7 passeios em Marrakech que fizemos e consideramos ser os principais e imperdíveis da cidade!
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Marrakech é conhecida por sua Medina (em árabe, cidade antiga), fortificada, e um Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO desde 1985. São 700 hectares que contemplam algum dos monumentos mais famosos da cidade, como vocês vão ver neste post. Caminhar pelas ruelas da Medina sem pressa é voltar no tempo e se sentir como uma verdadeira local. O comércio é frenético, e apesar de ter sempre bastante gente caminhando, passam por nós motos, bicicletas e até burros, então fique ligado para não ser atropelado, rs!
Uma noite no Deserto do Saara, no Marrocos
Uma das atrações mais visitadas de Marrakech. O Jardin Majorelle é um jardim botânico que levou 40 anos anos para ser criado pelo pintor francês Jacques Majorelle, e foi aberto em 1947. Após a sua morte, ficou abandonado até 1980, quando o estilista Yves Saint Laurent, apaixonado pelo colorido da cidade, resolveu comprar a propriedade com o seu companheiro Pierre Bergé.
Roteiro de 1 dia em Casablanca, no Marrocos
Dizem que é lá que está o tom de azul mais lindo que você já viu, o azul royal! É realmente impressionante, e quem quiser pode até comprar um pote de tinta para levar pra casa. No jardim, encontramos coleções de cactos variados, palmeiras, florestas de bambu e buganvílias floridas. É um passeio super agradável! Lá dentro, no antigo atelier de Jacques, fica o Museu de Arte Islâmica, que reúne uma coleção com jóias berberes (o povo mais antigo do continente africando), rendas e objetos de madeira. Aproveite para combinar este passeio com a próxima dica!
A classe executiva da Royal Air Maroc no Dreamliner 787
Esta é a maior e mais importante Medersa de Marrakech. Medersa, em árabe, é uma escola muçulmana de ensino superior especializada em estudos religiosos. Localizada bem no meio da Medina, este colégio foi encomendado pelo sultão Abdallah al-Ghalib e teve sua construção finalizada em 1565. Ao todo, 130 quartos permitiram hospedar até 900 estudantes. Em 1960, a escola foi transformada em museu e renovada em 1999. Ao passar por um corredor, nos deparamos com o pátio interno revestido de mosaicos, uma fonte central, paredes e colunas. No segundo andar, podemos ver como eram alguma salas de aula e os dormitórios, que tinham apenas uma pequena janela.
Ao lado do Jardin Majorelle, na Rua Yves Saint Laurent, este é um dos mais novos programas em Marrakech. O museu foi inaugurado em outubro de 2017, com 4.000m² e reúne todo o patrimônio do estilista, que foi preservado e mantido por 15 anos pela Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent. O projeto arquitetônico é moderno e arrojado, como se alguém estivesse cortando um tecido para um vestido, com suas curvas e traços.
Estão expostas boa parte do acervo do estilista, que tem ao todo 20 mil itens, com joias, sapatos, luvas, chapéus, assim como fotos, matérias publicadas em jornais e revistas e vídeos de desfiles. Além, é claro, dos must have de YSL, como o clássico smoking e o vestido Mondrian. É um escândalo de elegância e sofisticação! Pena que não podia tirar fotos. O museu também tem uma sala de exposição temporária, uma biblioteca de pesquisa com mais de 5.000 livros, um auditório de 140 lugares, uma livraria e um café com terraço.
Os souks são os tradicionais mercados de rua e certamente um dos programas imperdíveis em Marrakech. Os mais famosos ficam ao redor da Praça Principal, Jema el Fnaa (leia mais abaixo), e são enormes, com muitas cores e tudo o que você puder imaginar. Tem roupas típicas, tecidos, bolsas, tapetes, temperos, artesanato marroquino (que é lindo, impossível não levar algum item para casa), jóias, sapatos tradicionais, comidas, doces…
Fazer compras no souk é um teste de paciência. Você precisa barganhar, faz parte da cultura deles! Assim que você pergunta o preço de um produto, o primeiro valor sempre vai ser bem alto, então você geralmente já oferece metade e assim vai negociando. A maioria deles são bem simpáticos e fazem de tudo pra tentar te vender. Confesso que no começo é um pouco difícil de entender, mas aos poucos você vai pegando o jeito. Sobre o idioma, eu optei por falar em inglês (já que não falo francês) e correu tudo bem. Alguns, quando vêem que somos brasileiros, também tentam falar em espanhol.
Uma das obras arquitetônicas mais importantes de Marrakech, o Palácio da Bahia, traduzido para o português, é um palácio do século XIX, com 8.000m², construído entre 1866 e 1867 pelo governador Si Moussa. Seu filho, Ahmed ben Moussa, morou ali com todas as suas 24 mulheres e filhos, e precisou até ampliar a residência: ao todo são 150 quartos. Passear por ali é como se perder em um labirinto, admirando a arquitetura árabe com muitos azulejos, mármore, pisos coloridos, jardins e pinturas em madeira.
O destaque fica por conta do pátio traseiro, que é super amplo, tem três fontes e várias salas ao redor, revestidas de azulejos azuis, brancos e amarelos. Muito lindo! Nem parece que estamos ao lado da Medina, a parte antiga e ”caótica” de Marrakech.
Uma das maiores praças do mundo e a mais movimentada da África, é lá que temos uma imersão no modo de vida dos marroquinos. Principalmente se você for numa sexta-feira de feriado, como eu! ? Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas, tanto turistas como locais. Como uma espécie de teatro a céu aberto, encontramos de tudo por ali: encantadores de serpentes (as famosas najas), adestradores de macacos, tatuadores de henna e barraquinhas com comidas típicas. É um choque de culturas, mas foi ali que fiquei encantada por Marrakech! Quanta vida tem naquela praça! A dica é ir no final da tarde e aproveitar para passear pelo souk. Se você der sorte, como eu, ainda pode rolar um pôr do sol lindíssimo, fazendo o cenário ficar ainda mais lindo ?
O dinheiro local é o Dirham Marroquino. Lá eles também usam o dólar e o euro, mas preferi levar em dólar. Chegando no Aeroporto, troquei uma certa quantia por dirhams e foi o que mais usei na viagem. Na maioria dos casos, principalmente nos souks, os vendedores não tem troco em dólar. Prefira o dirham marroquino. Os hotéis também costumam ter câmbios, então se quiser você pode ir trocando aos poucos ao longo da viagem.
O Marrocos é um país muçulmano, então não leve roupas com decotes, shorts, e vestidos muito curtos. Na minha viagem não tive nenhum problema com olhares e também não precisei usar lenços. Mas como estava frio, fiquei sempre de calça, cachecol e uma blusa. Não tem problema se a manga for curta e os braços ficarem de fora, ok?
Principalmente nas cidades mais perto do Deserto, o clima é bem seco. Então vá prevenida e leve um soro fisiológico ou aquele descongestionante nasal. Meu nariz e minha garganta sofreram, viu!
Os voos da Royal Air Maroc para o Marrocos, saindo do Rio e São Paulo, são direto, com destino para Casablanca, e duram em média 9 horas.
Assim que você desembarca no aeroporto, há um estande de operadora de celular que oferece, de graça, um chip com poucos dados. Para poder usar internet no Marrocos, comprei um chip ali mesmo, da Orange, de 6GB por US$14. Fiquei 1 semana com ele, funcionou perfeitamente e foi a quantidade exata, pois o pacote terminou no momento em que entrei no avião para voltar ? O nosso chip da Easysim4u ainda não pega no país, então essa é a melhor alternativa.
No Marrocos não é permitido a venda e o consumo de álcool na rua. Você não vai ver alguém sentado no bar tomando uma cerveja. Se quiser comprar ou tomar alguma bebida, somente em grandes redes de supermercado, restaurantes de hotéis ou em hotéis.
A jornalista Duda Vétere viajou a convite do Turismo de Marrocos e da Royal Air Maroc e assegurada pela GTA Seguros.
Texto e fotos por Duda Vétere
Março de 2018
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