Já que o Dia das Crianças está chegando, achamos pertinente convidar quem entende do assunto para compartilhar conosco algumas dicas de viagem com criança!
Antes de começar, vou me apresentar. Sou o Gabriel Dias, do Falando de Viagem, e tenho um filho de quase 6 anos, o Felipe. Ele viaja comigo desde os 3 meses de idade – sim, 3 meses, eu não digitei errado – quando fomos para Miami e Punta Cana na mesma viagem. De lá para cá, já perdi as contas de quantas viagens fizemos juntos, mas acho que foram mais de 30, tanto no Brasil, quanto no exterior. Por isso, todas as minhas dicas para viajar com crianças que você vê aqui neste post foram testadas!
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No começo, até uns 2 anos, eu acho que tanto faz. O seu filho vai gostar de tudo, afinal, ainda é um bebê e não faz grandes exigências. Depois, as exigências começam, mas são exigências normais de crianças, como um parquinho para brincar, uma piscina para nadar, uma loja de brinquedos para explorar e por aí vai.
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Você não vai querer levar seu filho de 4 anos, por exemplo, para ver obras de arte na Itália. A viagem será maçante para ele. Você também não vai querer levá-lo para uma viagem focada em gastronomia e vinhos na França, com almoços e jantares intermináveis. Ele vai odiar. Por isso, sempre digo que tem viagens para adultos, viagens para crianças e viagens para a família. É preciso entender essas diferenças para acertar na escolha e todos ficarem felizes.
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Se conexões já são chatas para os adultos, imagine para as crianças. Elas ficam cansadas, ficam reclamando, não conseguem ficar quietas e perguntam o tempo todo se está chegando. Se as crianças ficam irritadas, você inevitavelmente também ficará, então o estresse está causado. Com o voo direto, o cansaço já diminui bastante, por isso digo que é um investimento totalmente válido, mesmo que seja mais caro. E vale ainda mais a pena com bebês, onde as chances de problemas são maiores.
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O ritmo de uma viagem de adultos é totalmente diferente do ritmo de uma viagem com crianças. Inclusive, se você não marcar horário para nada vai ser o ideal, afinal, atrasos são uma constante. A criança tem um ritmo mais devagar, quer fazer coisas que não estão no seu programa, quer cochilar à tarde, quer brincar por mais tempo no banho ou com o amigo que acabou de conhecer.
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Tentar adotar um ritmo mais forte do que o seu filho aguenta vai gerar problemas, como irritação, cansaço excessivo e estresse. Você tem que pensar na viagem com foco na criança e não em você – só assim tudo terá mais harmonia. E se você não conseguir fazer algumas coisas que queria, é preciso paciência. Evite também acordar seu filho cedo. Deixe ele acordar naturalmente, pois assim você saberá que ele dormiu o tempo suficiente para se recuperar do dia anterior.
Viajar no calor ou frio excessivo é ruim para adultos e mais ainda para as crianças. O ideal, é procurar viajar sempre na primavera ou no outono, que são estações do ano com temperaturas mais agradáveis e com menos turistas. Viajar no inverno é sempre muito ruim, pois é preciso usar muitas roupas e os passeios ao ar livre ficam mais complicados ou até inviáveis. Já no calor, é preciso de proteções, como protetor solar e boné, pois o sol forte é um perigo.
Eu concordo que os hotéis all-inclusive não são os melhores para uma experiência gastronômica memorável, mas quando viajo com meu filho eu gosto de ter praticidade, com boas opções de restaurante a qualquer hora, além de lanches, bebidas e sorvetes ao longo do dia. Por isso, o hotel all-inclusive é uma ótima ideia. Além de você não precisar se preocupar com nada, também não tomará nenhum susto com a conta no check-out, visto que tudo está incluído. E as crianças curtem terem essa liberdade de poderem comer e beber sem limites nas férias.
Aliás, geralmente os hotéis all-inclusive também oferecem recreação, que todas as crianças adoram, então é mais um motivo para realizar essa escolha. No Brasil, minhas indicações são (nem todos são all-inclusive):
– Grand Hyatt Rio de Janeiro;
– Pratagy Beach All Inclusive Resort;
– Nannai Resort & Spa;
– Transamerica Comandatuba;
– Carmel Charme Resort;
– Vila Galé Eco Resort de Angra;
– Portobello Resort & Safári;
– Mavsa Resort;
– Club Med Rio das Pedras.
No avião, no trem, no quarto do hotel ou no restaurante você pode inventar brincadeiras para tornar a viagem mais divertida. Em época de smartphone, adultos e crianças acabam exagerando no uso, e durante a viagem é algo a ser evitado, afinal, vocês devem curtir a viagem e não o gadget. Caça ao tesouro, guerra de travesseiros, montar um acampamento e jogos de tabuleiro inteligentes são boas opções para fugir do vício eletrônico.
As crianças ficam doentes com mais facilidade e comprar um remédio, dependendo do destino, pode ser um desafio. Se for no exterior, se torna ainda mais complicado, pois é preciso entender as diferenças e às vezes precisa de receita médica. Fora isso, você pode precisar do remédio de madrugada, o que gera outro perrengue. Os principais remédios devem estar sempre com você, em qualquer viagem, assim como um termômetro.
Orlando, claro, é campeão de audiência. As cidades da Flórida são ótimas, pois a estrutura é excelente e você vai alugar um carro, o que é sempre mais prático quando viajamos com crianças. No geral, todas as cidades americanas são bem preparadas para famílias, com muitas opções de lazer (gratuitas e pagas). Os hotéis e resorts no Brasil, voltados para famílias, também são boas opções, principalmente se forem pé na areia. Gramado e Foz do Iguaçu são cidades que também oferecem grandes opções para os pequenos. No caso de Gramado, a dica é ir durante o Natal Luz, que é a época mais especial.
Os destinos no Caribe também são boas opções, principalmente se você ficar hospedado em um resort com excelente estrutura. Na Europa, Paris é um destino interessante, e as crianças já conhecem a Torre Eiffel dos desenhos, como o da Ladybug e Cat Noir. Além disto, tem a Disneyland Paris e o Parque Astérix bem pertinho.
Até os 2 anos, não paga nada em voos nacionais e paga apenas 10% + taxa de embarque nos voos internacionais (sem direito a assento – pode usar se houver assento livre). Quando fazem 2 anos, pagam um pouco mais barato do que os adultos. Fora isso, todas as atrações ou são gratuitas ou oferecem desconto para crianças.
Portanto, não deixe o seu filho em casa. Leve ele com você para explorar o mundo. Boa viagem!
Texto e fotos por Gabriel Dias, do Falando de Viagem. Outubro 2019.
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