O restaurante Oro, ganhador inúmeras vezes como o melhor do Rio e agora com duas estrelas Michelin mudou de endereço. Felipe Bronze abriu sua nova casa no Leblon e desta vez acumula funções: é chef e proprietário, e não cansa de nos surpreender, já que o novo menu nos enche de pequenas alegrias a cada etapa. Portanto, vamos conhecer agora o O novo Oro de Felipe Bronze.
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Assista no IGTV o restaurante Oro e a entrevista exclusiva com a sommeliere Cecilia Aldaz.
O ambiente é pra lá de aconchegante, com dois andares, cozinha aberta e balcão, um projeto impecável do arquiteto Eduardo Novaes. A iluminação de Maneco Quinderé, e as peças do designer Zanini de Zanine e dos Irmãos Campana dão o toque íntimo necessário ao lugar e fazem a gente se sentir em casa, exatamente a intenção de Felipe, que chegou a comprar três jabuticabeiras para o restaurante, sendo duas flutuantes no meio do salão e uma na porta, do lado de fora. Sensacional!
Mas vamos para o que interessa. O destaque de suas criações agora é a brasa. O restaurante conta com um forno a carvão, uma parrilla e um yakitori japonês, sempre privilegiando a cozinha brasileira, mas com influências japonesas, espanholas e argentinas.
O Oro – que completou 5 anos – oferece, portanto, dois menus: Criatividade – feito diariamente com produtos de mercado, respeitando a sazonalidade dos ingredientes e Afetividade – mais reduzido, com receitas já consagradas e na medida para quem quer comer pouco, já que são só dois pratos.
Sua grande estrela são os snacks, verdadeiras obras de arte, minimalistas na apresentação, mas riquíssimos em sabores. Fiquei apaixonada pelos mini temakis com tutano, carne crua e vieiras com ovo de codorna e pirei na ostra com ceviche de pescado e crocante de batata doce. Ainda vieram o dim sum de rabada e mini agrião com Empanada de milho doce; e o tempurá de quiabo, purê de limão e maionese de azeitona preta, que para quem não gosta de quiabo mas é louca por azeitona, nem percebeu a presença do primeiro.
Mas meu destaque vai para o crocante de arroz negro com lulas e aioli, a coisa mais linda de ser ver e ao mesmo tempo, delicioso. Marca do Bronze: conseguir sempre essa junção de visual com paladar, nem sempre alcançada por outros.
Finalmente, para terminar os snacks, o bem humorado brioche no vapor: um mini sanduíche de porco com picles de abacaxi – em uma incrível apresentação – homenagem ao Cervantes, que o chef sempre gosta de fazer e que dá vontade de pedir repeteco.
De principais foram quatro pratos (o que pra mim, confesso que foi muito, mas acredito que a maioria sairá satisfeita). Começamos com uma saborosa cavaquinha, creme de pistache e alcachofra, depois veio o pescado tahini com castanhas cruas, couve flor tostada, picles de maxixe e meu favorito, o arroz, chorizo pata negra (aquela raspa de arroz que fica na panela), anchovas, cebolas tostadas. Last but not least, a vaca: café, laranja, gnocchi de batata doce, bok shoy e pele de abóbora, que vai enlouquecer os amantes de carne vermelha.
O prato de sobremesa do novo Oro de Felipe Bronze continua sendo uma diversão e um show de sabores. Via Láctea: Sorvete de leite queimado, doce de leite, pão de ló, pele de leite que me surpreendeu por inteira porque nem ligo pra leite e simplesmente a devorei.
Tudo chocolate, várias texturas e sorvetes, totalmente equilibrado e nada enjoativo. Isso é Café, mais gostosuras a caminho: mini quindim de maracujá, mini churros com caramelo salgado – dos Deuses – Marshmallow de paçoca e maravilhosos brigadeiros, de fazer muito carinho na alma, e que ainda fomos “obrigados” a levar alguns para casa, em um ato muito gentil do chef.
Vale lembrar que o menu foi todo muito bem harmonizado pela bela e simpática sommelière argentina Cecilia Aldaz, – mulher de Felipe – premiada duas vezes seguidas como a melhor do Rio. Os vinhos escolhidos foram inusitados, já que Cecilia adora descobrir rótulos diferentes e misturar com já conhecidos. Aliás, adorei o mini gin tônica servido de aperitivo: simpático e criativo.
O carioca Felipe Bronze só se reafirma como um chef criativo, único, sensível, lúdico, que consegue inventar prato inusitados, mas ao mesmo tempo gostosos e lindos de se ver, sempre deixando claro seu país de nascença.
Menu Criatividade – R$ 315 sem bebidas / R$ 495 com harmonização de vinhos.
Menu Afetividade – R$ 245 sem bebidas / R$ 335 com harmonização de vinhos.
Por Renata Araujo
Fotos: Renata Araujo, Tomás Rangel, Sérgio Coimbra
Junho de 2016
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