Depois da partida do nosso mestre da arquitetura, não posso deixar de dividir com vocês a visita incrível que fiz no Centro Cultural Niemeyer, ano passado, na Espanha.
Pouco conhecido no Brasil o Centro Cultural Niemeyer, colocou a pequena cidade de Avilés, ao norte do país, no mapa mundial. O arquiteto brasileiro deu para o estado de Astúrias um presente e tanto: não só os desenhos do Centro, como também os cálculos de engenharia do projeto. E além disso, provou, mais uma vez, o enorme poder modificador da arte.
Construído em um tempo récorde de dois anos e com um orçamento de quarenta e cinco milhões de euros, financiado pelo governo de Astúrias, o Centro Cultural Niemeyer mudou a vida da cidade industrial e portuária de Avilés, de oitenta mil habitantes. Para se ter uma ideia, a cidade, que nunca tinha recebido nenhum navio de turismo, passou a ser rota de dois cruzeiros no verão europeu.
Lindo, grandioso, e o trabalho mais importante feito na Europa por Niemeyer, segundo ele próprio, chama a atenção de longe. É possível vê-lo de barco, já que está à beira do rio Avilés e também na auto-estrada que cruza a região de Astúrias. O projeto transformou o que antes era uma desinteressante zona industrial e poluída em um espaço de criatividade das artes, representando um símbolo de inovação do estado de Astúrias.
A relação de Niemeyer com Astúrias começou em 1989, quando ele ganhou o importante prêmio de Príncipe de Astúrias das Artes. Mais tarde, em 2006, quando se comemorava os 25 anos da criação do prêmio, a Fundação Príncipe de Astúrias entrou em contato com todos os homenageados pedindo que preparassem uma palestra, uma aula magna, um encontro com o público. Niemeyer respondeu que sendo arquiteto, para ele, o mais pertinente seria fazer um desenho, e assim o fez: desenhou um edifício com traços marcantes e com suas curvas habituais.
A programação cultural é intensa e variada. Com um anfiteatro para mil pessoas, um teatro para duzentas, um cinema de cem lugares e duas salas de exposição, já passaram por lá Gilberto Gil, Jacskon Brown, Paco de Lucía, Woody Allen, Carlos Saura, Brad Pitt, Win Wenders, e Jessica Lange, entre outros. Há ainda uma belíssima torre de vinte metros de altura, considerada o mirante do Centro e que funciona como bar.
Tive a sorte de assistir uma montagem de Ricardo III com ninguém menos que Kevin Spacey. Acho que não preciso nem dizer o quão espetacular foi!
O CCN passou por alguns problemas de gestão e chegou ficar fechado mas reabriu e está agora sob as mãos do governo de Astúrias. Na época escrevi até uma matéria para O Globo falando do assunto.
O importante é que esta magistral obra do mestre Niemeyer, no norte da Espanha, receba cada vez mais visitantes do mundo inteiro e faça juz às palavras do arquiteto quando o construiu “uma praça aberta ao redor do mundo, um lugar para educação, cultura e paz.”
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