Brasserie Lapeyre, o melhor francês do Rio

Publicado por
Renata Araujo

Aberto há 4 meses, a Brasserie Lapeyre acaba de ganhar o prêmio Comer e Beber, de  melhor francês do Rio, pela Veja Rio. Já estive lá duas vezes e saí impressionada! Não que fosse uma surpresa, já que o jovem chef Ricardo Lapeyre sempre demonstrou muito talento e criatividade. Filho do chef francês Claude Lapeyre, Ricardo começou cedo a cozinhar e teve logo contato com alta gastronomia, já que sua família vem da região de Champanhe, na França.

Durante suas férias, comia  trufas, carnes de caça, charcuterie e queijos. “Lembro até hoje do Lapin à la Moutarde (Coelho à Mostarda) que meu avô preparava”, diz Ricardo. Interessado no assunto desde cedo, não deu outra: Ricardo virou um cozinheiro de mão cheia e se destacou na gastronomia carioca ao comandar o restaurante Laguiole, no MAM, onde recebeu os prêmios de chef revelação pela Veja Rio 2013; melhor chef pela Revista Quem em 2014 (premiação relativa ao ano de 2013) e melhor contemporâneo pela Veja Rio 2014.

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Nada surpreendente para quem, depois de se formar em hotelaria, trabalhou para o badalado Alain Ducasse, chef com 19 estrelas no Guia Michelin em seus restaurantes espalhados pelo mundo.

(Se quiser conhecer o hotel de Alain Ducasse na Toscana, clique aqui para ler o post.)

A Brasserie Lapeyre está estrategicamente localizada no Edifício RB1, no centro, com uma vista panorâmica para a Baía de Guanabara e para a Praça Mauá, que acaba de ser reformada e está uma beleza. Lá do alto, dá para ver o MAR (Museu de Arte do RJ) e o Museu do Amanhã, que será inaugurado em breve. Em ano pré Olimpíada, o restaurante não podia estar em um lugar melhor.

Mas vamos ao que interessa. No cardápio, clássicos da gastronomia francesa, com bom custo benefício e atendimento ágil. Destaque para os deliciosos e foférrimos carrinho de charcuterie – dá vontade de almoçar só isso: terrines, rilletes, patê em crosta, além de uma torta do dia, sendo que é o único deste tipo no Rio – e o de queijos, para o final da refeição, como bem fazem os franceses.

Já no couvert a gente se sente na França, com a baguete quentinha, tapenade de azeitonas, caviar de berinjela, manteiga deliciosa, com flor de sal e tomates confitados. Provei o steak tartare e gostei bastante: tamanho ótimo e bem temperado, acompanhado de batatas pont-neuf  (bem gordinhas).

Minha mãe escolheu o Coelho com mostarda em crosta de massa folhada, endividas braseadas e cogumelos salteados e amou!

As sobremesas também chegam em um carrinho e são de comer rezando: eclaires, mil folhas e tartelettes para todos os gostos, além de suflés assados na hora, servidos inflados e quentinhos, e o pain perdu mami Lapeyre — tradicional “rabanada” francesa que o chef reproduz à moda de sua avó e serve com sorvete de baunilha feito na casa e coulis de frutas vermelhas. Divino! O pâtissier Hugo Devaux é o responsável pelas delícias, que já trabalhou com Lapeyre no Laguiole e agora volta a atuar ao lado do chef e amigo na Brasserie. “Todos os doces passaram por uma leve adaptação para ganhar uma cara mais moderna sem mexer demais na estrutura da sobremesa original”, conta Hugo.

Preciso voltar para aprovar os ovos beneditinos, com presunto de parma e lascas de trufas negras que fiquei babando ao ver o da mesa vizinha. Lembrando que, além do almoço, o chef fica à disposição para comandar eventos, que podem ser no próprio restaurante ou fora, onde o cliente escolher.

Entre as entradas, folhado de aspargos com lagostim ao molho beurre blanc; ostras gratinadas ao champagne; tartare de mignon com batatas fritas pont-neuf e salada mesclun; uma autêntica vichyssoise — sopa fria francesa de batata e alho poró — e os tradicionalíssimos ovos beneditinos, servidos no ponto perfeito, com presunto de parma e lascas de trufas negras.

No capítulo “Peixes e frutos do mar” estão lá o Rouget à Niçoise — trilha grelhada unilateral servida com compota de tomate italiano com azeitona e legumes orgânicos glaceados; a lagosta à Newburg — calda de lagosta grelhada, confirt de alho poró, caviar de berinjela e funcho crocante —, a Sole Diéppoise, clássico imortalizado pelo chef Paul Bocuse — linguado cozido no vapor, com mexilhões e camarões, acompanhado de batatas e abobrinhas — e o peixe do dia Grenobloise — grelhado, com suprêmes de limão e toranja, alcaparras e croûtons.

Para as carnes, opções como o autêntico Boeuf Bourguignon — servido com tagliatelli na manteiga —, o Tournedos Rossini — filé mignon grelhado, escalope de foie gras, lâminas de trufa, purê de batata e jus de carne ao foie gras —, o Côte de Boruf Grillée, Sauce Béarnaise — corte francês grelhado, molho béarnaise, batata salardaises, mesclun de folhas com vinagrete do chef —, a Cuisse de Carnard Confite — coxa e sobrecoxa de pato confitado, batata calabresa, cogumelo paris, cebola caramelizada e bacon — e o Gigot d’agneau 7 heures — pernil de cordeiro braseado por 7 horas, gratin de abóbora e molho bordelaise. Há ainda sugestões vegetarianas como a cocotte de legumes da estação, o nhoque à moda parisiense, gratinado e servido com grana padano e trufas e outras opções montadas na hora pelo chef.

“O meu convite é para fazermos uma viagem gastronômica aos sabores clássicos da cozinha francesa, no tempo de um almoço. Estou preparando cada receita exatamente como faziam avós ou grandes chefs de séculos passados. São pratos eternos. Espero que todos tenham tanto prazer em saboreá-los quanto estou tendo em prepará-los”, resume Lapeyre.

Se você é fão de um atêntico restaurante de comida francesa, não pode perder a Brasserie Lapeyere.

Endereço:

Brasserie Lapeyre
Avenida Rio Branco, 1 – Centro – Edifício RB1. Tel.: 3213-1900. 60 lugares. De segunda a sexta, das 12h às 17h. Aceita todos os cartões. Estacionamento no local.

Por Renata Araujo

Fotos: Renata Araujo e Tomás Rangel

Outubro de 2015.

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Renata Araujo

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