Barman Alex Mesquita cria novos drinques para o japonês Naga

Publicado por
Duda Vetere

Um ambiente contemporâneo mas ao mesmo tempo com forte presença das tradições japonesas. Este foi o cenário para a apresentação da nova carta de drinques do Naga. A prova de que o restaurante valoriza muito sua origem, foi o ritual que antecedeu a harmonização da noite.

A dupla Alex Mesquita, premiado mixólogo do Rio, e Yasmin Yonashiro, sommelière há 10 anos e gerente do Naga, se juntou para dar vida a este desafio e criaram um pairing para pratos e bebidas surpreendentes. Assim, eles deram início a degustação com o ritual da quebra do barril de amburana, onde o saquê fica maturado. Este foi o primeiro a ser degustado no jantar, a bebida pura, para que sentíssimos bem seu sabor e essência.

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O saquê maturado (150ml de saquê daiginjo “super premium”) foi harmonizado com o Kakiague de milho (milho verde doce empanado na farinha especial japonesa). Imediatamente depois, provamos o Ume Sparkling: sake Hakutsuru Genshu com infusão de ume, espumante brut gelado, shrub de maçã verde e angostura, servido junto com o ceviche de peixe branco, uma cavala, chips de batata doce e crisps de alfafa. Para mim o melhor da noite, tanto na bebida quanto no prato. Ceviche é sempre uma escolha muito boa, e o Sparkling servido era suave e com um certo dulçor, e a maça não era só para enfeitar, Alex fez questão que comêssemos o pedaço de maçã que adornava a taça.

O terceiro foi o Dirty Sunomono Martini: gin Bombay, caldo de sunomono, Noilly Prat e azeitona sem caroço, que veio acompanhado do Tataki de Carapau, cortado em lâminas muito finas e precisas. Detalhe para o caldo do prato, que era o caldo do pepino aproveitado do pepino geralmente servido como tira gosto nos restaurantes japoneses.

Logo foi a vez do Yuzu Mojito: rum Bacardi, saquê Hakutsuru com infusão de yuzu, folhas de hortelã, simple syrup e água com gás. Uma bebida refrescante e saborosa, que o mixólogo fez questão de servir sem o canudo que costuma vir no copo. Ele explicou que fez isso para que a bebida possa ser sentida por inteiro, sem a interferência do plástico do canudo. Alex Mesquita pensa mesmo nos mínimos detalhes!

A criação que acompanhou o mojito mais lembrava uma pequena obra de arte, com toda a beleza da culinária japonesa presente no prato. Sushis e sashimis, vieiras e centola foram as iguarias servidas de forma impecável, e foram também um dos pontos altos da degustação.

Como a noite era de desafios, a sommelière apresentou em seguida um prato bem diferente. Para acompanhar o Kaku Whisky, whisky japonês Kakubin, shrub de ameixa, limão tahiti e emulsão, nos serviram um Karasumi, que são ovas de tainha desidratadas. Yasmin introduziu o prato avisando que poderia ser um pouco exótico para o paladar de alguns, mas que a ideia do Naga é mesmo esta, fazer sair do lugar comum, provar novos sabores e texturas, sempre em busca de criações que abram possibilidades.

Já quase finalizando a noite, provamos ainda o Kappa Martini: shochu Hakutsuru Sewanyobo (cevada), shrub de pepino, limão siciliano e emulsão, uma bebida bem mais forte. No prato, mais uma surpresa: Uni no Shisso, ou seja, ouriço na erva shissô. Um prato lindo, uma verdadeira escultura. Sem dúvida a crocância do shissô, que foi servido frito, deixou o prato mais instigante, gostoso de sentir na boca.

O sétimo e último drinque apresentado foi o Sayuri Leblon: cachaça Leblon, sake Hakutsuru junmai nigori sayuri, Amaretto Di Saronno e limão Taiti. Da mesma forma, foi servido o último prato, um Meca no Missô (espadarte grelhado ao molho missô). Deu para ter uma ótima noção do que o Naga está procurando levar à mesa de seus clientes. Certamente com esta nova carta, o saquê que costuma sumir um pouco dentro de drinques que levam a bebida japonesa na sua composição, vai começar a brilhar e ganhar seu devido espaço não só na gastronomia japonesa, mas também na coquetelaria brasileira. Combinação instigante e bem vinda!

Por Monica Barros e Renata Araújo

Fotos: Monica Barros e Renata Araujo

Junho de 2016

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Duda Vetere

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